O Ministério Público do Ceará (MPCE) apresentou denúncia criminal nesta segunda-feira (16/06) contra 18 indivíduos, em Canindé. Os suspeitos são acusados de envolvimento em crimes como organização criminosa, associação para o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
As apurações do órgão apontam que o grupo operava por meio de uma estrutura hierárquica bem definida, com divisão de funções em núcleos interligados e um núcleo operacional fixo no município de Canindé. O comando do esquema seria de um empresário do setor de construção civil e transporte escolar.

De acordo com a denúncia, a atuação da organização se dava por quatro núcleos principais. O núcleo executor era responsável pela comercialização de drogas e pela prática de crimes violentos na região. O núcleo familiar, composto por parentes próximos do líder, realizava transações financeiras em contas bancárias, com o objetivo de ocultar a origem ilícita dos valores.
Já o núcleo empresarial reunia sócios de empresas utilizadas para mascarar recursos provenientes das atividades criminosas. Por fim, o núcleo financeiro era formado por pessoas físicas com renda incompatível com as movimentações registradas, atuando como “laranjas”.
A investigação revelou ainda que o grupo utilizava empresas de fachada, contratos públicos e intermediários para dissimular e ocultar recursos oriundos do tráfico de drogas. Além das expressivas movimentações financeiras, a organização criminosa se destacava pelo alto nível de violência, pela capacidade de articulação e por exercer influência política na região. Há, inclusive, indícios de envolvimento em tentativa de homicídio e de associação de agentes públicos.
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