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Denúncias de racismo crescem mais de 13% no Ceará

O enfrentamento ao racismo no Ceará tem ganhado força com o aumento das denúncias registradas no estado. No primeiro semestre de 2025, foram contabilizadas 182 casos, número 13% maior do que no mesmo período do ano passado, quando houve 161 ocorrências. Os dados são da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp).

Foto: Reprodução

Abril foi o mês com maior concentração de registros, somando 46 denúncias de crimes ou atos de preconceito de raça ou cor. Para especialistas e gestores públicos, o crescimento reflete não apenas a persistência das práticas discriminatórias, mas também a ampliação da conscientização da população e a criação de novos canais de acolhimento.

A secretária da Igualdade Racial, Zelma Madeira, reforça a importância de que a sociedade reconheça a gravidade do problema. Segundo ela, “racismo não é brincadeira pesada, é crime”. A gestora ressalta ainda que a interiorização das políticas de equidade racial é essencial para ampliar o acesso das vítimas aos mecanismos de denúncia e punição.

“Atuamos de forma transversal para que todos os 184 municípios cearenses tenham consciência de que o racismo é crime. Seja por meio de formações, de projetos como o Município Sem Racismo ou de ações afirmativas, nosso objetivo é fazer com que mais pessoas saibam identificar e registrar esses crimes, para que sejam punidos conforme determina a legislação”, afirmou.

Decrim

Entre as medidas voltadas para enfrentar a discriminação, destaca-se a criação da Delegacia de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Decrim), inaugurada em fevereiro de 2023. A unidade da Polícia Civil funciona em Fortaleza, no bairro Papicu, e atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

O espaço é voltado para acolher vítimas que tenham sofrido discriminação por raça/cor, religião ou orientação sexual, oferecendo um canal especializado para o registro das ocorrências.

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