A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (18/06) a quarta fase da Operação Pureza Roubada. A ação é voltada para a investigação de crimes relacionados à exploração sexual de crianças e adolescentes no ambiente virtual. As apurações tiveram início após o recebimento de dez denúncias internacionais.
As informações apontavam que um usuário, localizado em Fortaleza, estaria envolvido no armazenamento, compartilhamento e possível produção de imagens de abuso sexual infantil. As condutas, em tese, configuram os crimes descritos nos artigos 240, 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os materiais ilícitos teriam sido compartilhados em plataformas como Discord e X (antigo Twitter), com registros de atividade entre setembro de 2024 e janeiro de 2025.

Durante as investigações, surgiram indícios de que o suspeito apresenta limitações cognitivas, incluindo diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por essa razão, a Polícia Federal também solicitou medidas cautelares direcionadas aos pais e responsáveis legais do investigado, como a proibição de acesso à internet e a recomendação de acompanhamento familiar mais rigoroso.
A corporação ressalta que, além do caráter repressivo, as ações têm função preventiva e visam à proteção integral das vítimas e, em casos como o atual, também dos próprios investigados e de seus familiares. O objetivo é alertar para condutas que, ainda que resultem de desinformação ou vulnerabilidades, podem acarretar consequências penais e sociais graves.
Por fim, a Polícia Federal reforça a necessidade da supervisão constante de crianças, adolescentes e pessoas com necessidades especiais no uso da internet. Essa atenção deve ser redobrada diante da exposição crescente a conteúdos ilícitos em ambientes virtuais sem monitoramento.
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