Integrante da ala conservadora e parlamentar de oposição na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), a deputada Dra. Silvana (PL) teceu críticas à Linguagem Neutra. Em pronunciamento na Tribuna da Casa de Leis, a deputada definiu a utilização do vocabulário neutro como “uma esculhambação”.
A fala de Dra. Silvana veio após a Câmara dos Deputados aprovar o projeto de lei que institui uma política nacional de linguagem simples. Se aprovada no Senado, essa utilização deve ser empregada em órgãos e entidades da administração pública. Para doutora Silvana, a autoria de o texto ter vindo de Erika Kokay, deputada federal filiada ao PT do Distrito Federal, foi um recado divino. ” Vamos acabar com a linguagem neutra em documento oficial. Estar com negócio de ‘todes’, ‘bôdes’, essas besteiras aí. Às vezes Deus usa umas pessoas. O texto é de uma deputada do PT”, comentou
O texto recebeu emendas de outro parlamentar da bancada do PL. Na oportunidade, a deputada agradeceu à bancada cearense da Câmara Federal por ter votado a favor da pauta. “Quero reconhecer o voto do nosso querido deputado André Fernandes e do nosso deputado Jaziel Pereira, meu marido. É uma vitória. Quero parabenizar a bancada do PL”.
Entenda
Se aprovado pelo Senado e sancionado pela presidência, a linguagem neutra não será mais utilizada em diários oficiais, editais e outras formas de comunicação oficial do setor público.
A linguagem neutra é como é chamado o vocabulário utilizado na aplicação de um gênero neutro, em substituição a um feminino ou masculino. Nesse contexto, pronomes como ele ou ela podem virar “elu”.
Em outro exemplo, palavras como “todos” e “amigos” são neutralizadas por “todxs” e “amig@”.
Também conhecida como linguagem não binária, a linguagem neutra evita o uso dos gêneros tradicionalmente aceitos pela sociedade. O objetivo é tornar a comunicação mais inclusiva e menos sexista.
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