De acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 410 pessoas no Ceará estariam com complicações eleitorais devido a irregularidades nas contas. Isso foi constatado após o Tribunal de Contas da União enviar os dados ao TSE. Entre as centenas de pessoas, está incluída a deputada Augusta Brito (PT).
A parlamentar foi escolhida para ser a primeira suplente de Camilo Santana na disputa por uma vaga no Senado. Neste cenário, Augusta estaria inelegível, como prevê a “Lei da Ficha Limpa”. De acordo com o posicionamento da deputada, a sua candidatura se encontra dentro do que prevê a legislatura no âmbito eleitoral. Em nota, Augusta afirma que tentam “alterar a realidade dos fatos com o único sentido de enganar o eleitor”.

Augusta esclareceu que o episódio registrado na época em que ela era prefeita do município de Graça, a 320km de Fortaleza, não gera inelegibilidade. Quando gestora desta cidade, a agora deputada estadual havia assinado dois convênios: um para construção de um posto de saúde e outro para aquisição de equipamentos.
“Tendo este último sido liberado primeiro, para que não houvesse prejuízo à população optamos, na época, por distribuir temporariamente os equipamentos adquiridos entre outras unidades de saúde”.
A parlamentar reforçou que após o posto ser concluído, todos os equipamentos foram tombados e auditados, voltando para a unidade de origem. Mesmo diante da argumentação, caberá à Justiça Eleitoral declarar se Augusta Brito e os demais candidatos que se encontram nesta situação seguirão ou não para a disputa eleitoral em 2022.