A deputada estadual Jô Farias (PT) realizou um pronunciamento na Assembleia Legislativa do Ceará em defesa dos estudantes de Pacajus, a 55km de Fortaleza. A parlamentar lamentou a decisão de que os universitários da cidade tenham de prestar trabalho obrigatório à Prefeitura para terem acesso ao transporte gratuito.

Em seu discurso, Jô Farias solicitou a intervenção da Comissão de Ciências, Tecnologia e Ensino Superior. A parlamentar também espera contar com o apoio da Comissão de Juventude. A deputada lamentou a decisão do prefeito Bruno Figueiredo, mas afirmou que vai buscar uma solução para amparar os universitários de Pacajus. “É uma situação delicada. Eu fui procurada pela representante da Comissão de Educação da Câmara de Pacajus e pela representante dos universitários, ambas pedindo que a gente pudesse fazer algo. Dando satisfação à população, protocolamos um requerimento nesta Casa para que a gente procure uma saída”, detalhou.

Confira:

Relembre

Pelas redes sociais, o prefeito de Pacajus, Bruno Figueiredo (PDT), comunicou uma medida que causou repercussão extremamente negativa: universitários do município terão de prestar serviços voluntários à Prefeitura para terem acesso ao ônibus gratuito. 

Além do vídeo, a informação chegou à REDE ANC por meio de alunos que preferiram não se identificar. De acordo com a denúncia, o serviço voluntário seria uma medida obrigatória para a garantia do benefício. 

Repercussão

Um dia após o comunicado do prefeito Bruno Figueiredo, alunos de Pacajus foram barrados do transporte público universitário. Conforme os estudantes, um problema técnico na leitura do QR Code fez com que vários alunos faltassem aula nesta segunda-feira (04/09) por serem impedidos de entrarem no transporte.

Neste domingo, o prefeito Bruno Figueiredo postou um vídeo em suas redes sociais afirmando que os alunos teriam de prestar serviços voluntários à Prefeitura. Sem essa condição, os estudantes não teriam acesso ao ônibus universitário que os leva gratuitamente às instituições de ensino superior situadas na capital cearense. 

A Prefeitura informou que a medida visa controlar as rotas e impedir que pessoas que não têm direito possam utilizar o transporte.