Desde a sua entrada na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), a deputada Larissa Gaspar (PT) tem pautado sua atuação em temas como defesa e promoção do direito da mulher, assim como também tem pensado em ações para fortalecer a rede de proteção à população LGBTQIAPN+. Nesta semana, a parlamentar apresentou uma outra iniciativa para este fim. Larissa Gaspar sugeriu, através de um projeto, a criação de um abrigo LGBT para acolher membros deste grupo que se enquadrem em situação de vulnerabilidade social ou em situação de violência e abandono.
De acordo com a deputada, o objetivo é fazer com que o Estado possa exercer seu papel institucional na criação de um ambiente que possa acolher a população LBTQIAPN+ e que esse equipamento possa oportunizar a reconstrução de vida dessas pessoas.
Declaração da deputada Larissa Gaspar sobre criação de abrigo LGBT
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“Vivemos numa sociedade marcada por preconceito contra essa população. Muitas dessas pessoas, quando resolvem assumir sua identidade, acabam por serem incompreendidas pela própria família e por membros da sociedade por conta do preconceito em relação à orientação sexual. Muitas adentram numa situação de vulnerabilidade, tendo de se sujeitar a trabalhos como, por exemplo , a prostituição, para manter a sobrevivência”, justificou.
Segundo Larissa Gaspar, o Estado e a Prefeitura de Fortaleza até possuem Centro de Referências, mas a criação de abrigos, como os que já foram criados no 3º setor, poderia ser seguido como modelo de referência. A deputada também acredita na construção de um equipamento que vá para além de um abrigo, mas que possa ter condições de um amparo social e psicológico.
“Essas pessoas precisam de um abrigo ainda que temporário, pois muitas são expulsas de suas casas. É preciso um apoio psicossocial e jurídico. Temos experiências protagonizadas pelo terceiro setor, como o abrigo Tadeu Nascimento e a Casa Coletiva. Temos o Centro de Referência Janaína Dutra, do Estado, e o Centro Tina Rodrigues, da Prefeitura, mas queremos que o Estado transforme essa ideia em política pública para a proteção dessas pessoas que estão sofrendo essa violência para que elas possam reconstruir sua trajetória de vida”, defendeu.
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