O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) surgiu oficialmente em 1984, mais precisamente no Sul do País. Na ocasião, foi realizado o 1º Encontro Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, realizado em Cascavel, no Paraná. De lá para cá, um dos principais objetivos tem sido lutar pela reforma agrária no Brasil, pautando a redistribuição de terras improdutivas para que famílias sem espaço possam produzir alimentos, viver e trabalhar de forma digna.
Essa descrição foi apontada pelo deputado estadual Missas Dias, em participação no quadro “Destaque ANC”. Na entrevista, o parlamentar falou do seu histórico de identificação com essa militância e afirmou que é preciso explanar o real sentido do movimento para combater as desinformações.
Deputado realça importância das ações do MST:
Ver essa foto no Instagram
Segundo o parlamentar, os avanços conquistados pelo MST tem incomodado as grandes elites. “Minha família e eu trabalhávamos a semana inteira. Nosso pagamento ao final da semana era um feijão de cinco anos, que passava horas para ser cozido. As pessoas dizem que hoje o povo não quer mais trabalhar. Na verdade, não querem trabalhar com as condições de antigamente. Esse é o pensamento do MST. Por isso temos mais de cem cooperativas e mais de cem agroindústrias espalhadas pelo Brasil, produzindo polpa de fruta, leite, iogurte, nata, mel e castanha de caju, exportando até para fora do país. Isso incomoda”, afirmou.
Ainda de acordo com Missias Dias, a trajetória do movimento hoje colhe frutos em defesa dos menos favorecidos. “Hoje temos nossa terra. Os assentamentos do Ceará reúnem quase 24 mil famílias, todos organizados pelo Incra. E isso se junta a programas sociais importantes, como escola em tempo integral, pé-de-meia e outras revoluções. Essas políticas fazem com que não sejamos tão diferentes de quem tem mais. O MST nunca abaixou a cabeça para isso”, explanou.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC
