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Desafios e conquistas: A luta das mulheres na política brasileira

Foto: Pablo Caribé
Foto: Pablo Caribé

Conforme o Censo do IBGE, as mulheres ocupam mais de 51% da população brasileira, mas, a participação feminina na política ainda é bastante limitada. No entanto, é preocupante observar que atualmente ocupam menos de 15% dos cargos eletivos.

Os desafios enfrentados pelas mulheres em suas conquistas, tanto na política quanto na sociedade em geral, ainda são consideráveis. Embora haja progressos na representação feminina na política brasileira, é necessário priorizar políticas públicas que promovam uma participação mais ampla das mulheres. Isso pode incluir medidas como cotas de gênero, programas de capacitação e incentivos para candidaturas femininas.

Para dar voz a essas mulheres em um dia especial que comemora o dia Internacional da Mulher, a Rede ANC esteve presente na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) para conversar com 4 parlamentares sobre os desafios da mulher na política.
Larissa Gaspar, Luana Ribeiro, Gabriella Aguiar e Lia Gomes falaram como é trabalhar na política e o quão desafiador é ser uma parlamentar.

Larissa Gaspar falou que ainda tem muita luta. “É um desafio para nós mulheres e dentro do parlamento eu acho que é muito necessário ainda ampliar a presença das mulheres, até porque, não é disputa das mulheres com os homens, porque o nosso feminismo é de igualdade, a gente quer oportunidades iguais”, destacou.

Já a deputada Luana Ribeiro pontuou a força das mulheres. “Nós mulheres na política somos fundamentais, somos mulheres, somos pessoas e mulheres de opiniões formadas. E acho que no estado do Ceará nós precisamos de políticas públicas voltadas para as mulheres, principalmente para as mulheres. Nós temos força, nós temos força para isso, temos força para mudar um pouquinho essa realidade”.

Gabriella Aguiar avaliou que as mulheres têm ocupado cada vez mais o espaço. “Apesar de existirem legislações que pedem que as mulheres ocupem pelo menos 30% dos cargos, que tem um financiamento diferenciado para candidaturas femininas, ainda nós temos dificuldade de encontrar mulheres que queiram ser candidatas, que possam se colocar à disposição. Isso tem muito a ver com a cultura que nós temos, que é uma cultura baseada no patriarcado, que coloca a mulher sempre ligada somente aos cuidados da família, da casa, do lar e diz que espaço de poder não é espaço para a mulher. Então a gente vem trabalhando muito o papel empoderado da mulher”.

Lia Gomes relatou sobre as violências que as mulheres sofrem na política. “A gente recebe muita queixa de desrespeitos, críticas ao visual, à maneira de vestir, crítica à sua maneira de agir, interrupções de fala. Então são coisas que elas relatam que são muito bem estudadas pelas pessoas que estudam essa questão da violência política de gênero”.

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