No Ceará, a taxa de desemprego no 1º trimestre de 2025 ficou em 8,0%, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado, que registrou 8,6%. No entanto, subiu 1,5 ponto percentual comparado ao 4º trimestre de 2024, que atingiu 6,5%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os trabalhadores do setor privado, 56,8% tinham carteira assinada, enquanto 27,8% atuavam por conta própria. Por sua vez, a informalidade segue alta, atingindo 52,5% da população ocupada.

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores no Ceará foi estimado em R$ 2.260. O valor não apresenta alterações relevantes frente ao ano anterior e ao trimestre anterior.
Brasil
No cenário nacional, a taxa de desocupação chegou a 7,0% nos três primeiros meses deste ano. Doze estados registraram aumento em relação ao trimestre anterior, enquanto 15 mantiveram estabilidade. Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%) lideram as maiores taxas de desemprego, enquanto Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%) aparecem com as menores.
Procura e Rendimento
O número de desempregados que procuram emprego há dois anos ou mais caiu para 1,4 milhão. Este é o menor nível desde 2015, apesar de ainda estar 8,1% acima do recorde mínimo da série histórica de 2014.
Já o rendimento médio real habitual do país subiu para R$ 3.410, com alta tanto na comparação trimestral quanto anual. O Sul e o Nordeste destacaram-se com aumentos significativos nos rendimentos, enquanto outras regiões mantiveram estabilidade. Respectivamente, ambas as regiões registraram rendimentos de R$ 3.279 e R$ 2.383.
A massa de rendimento real habitual totalizou R$ 345 bilhões, com crescimento anual de 6,6% e estabilidade trimestral. O Sudeste segue como maior responsável pela massa salarial, com R$ 174,9 bilhões, e o Norte registra a menor participação, com R$ 21,1 bilhões.
Perfil do Desempregado
De janeiro a março deste ano, a taxa de desocupação no Brasil foi de 7,0% entre a população em idade de trabalhar. No entanto, ao observar mais de perto, aparecem algumas disparidades: entre os homens, a taxa ficou em 5,7%, enquanto entre as mulheres chegou a 8,7%.
A diferença também é marcada por cor ou raça. Pessoas brancas apresentaram uma taxa de desocupação de 5,6%, abaixo da média nacional. Já entre pretos e pardos, os percentuais foram mais altos: 8,4% e 8,0%, respectivamente.
O nível de escolaridade também teve impacto. Quem não concluiu o ensino médio enfrentou a maior taxa de desocupação, com 11,4%. Já para quem tem ensino superior incompleto, o índice foi de 7,9%. O percentual é mais que o dobro do registrado entre aqueles com nível superior completo, cuja taxa foi de apenas 3,9%.
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