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Desigualdade afeta metade dos municípios cearenses, aponta IFDM

Mais de 60% das cidades do Ceará foram classificadas com baixo desenvolvimento socioeconômico, segundo o novo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado nesta quinta-feira (08/05). Apesar disso, o Estado se mantém com desempenho superior à média do Nordeste quando analisados os três pilares do indicador: Educação, Saúde e Emprego e Renda.

De acordo com o levantamento, 38,6% dos municípios cearenses têm desenvolvimento moderado, enquanto apenas 1,1% chegaram ao nível alto. No entanto, nenhuma cidade foi enquadrada na categoria de desenvolvimento crítico. O estudo analisou dados de 2023 de 5.550 municípios brasileiros, cobrindo 99,96% da população.

Desigualdade afeta metade dos municípios cearenses, aponta IFDM
Foto: Reprodução

O Ceará apresentou um avanço nos últimos dez anos: o IFDM médio subiu de 0,4051 para 0,5917, um aumento de 46,1%. A principal alavanca desse salto foi a Educação, com aumento de 70,7%. Em seguida, aparece Saúde (39,1%) e Emprego e Renda (22,4%). Em relação a 2013, todos os municípios cearenses evoluíram.

Melhores Posições

O Estado abriga dois dos três municípios mais desenvolvidos do Nordeste: Eusébio, líder regional e 113º no ranking nacional, e Sobral, terceiro da região e 255º do país. Ambos registraram índice de desenvolvimento alto e estão entre os 500 melhores do Brasil. Eusébio registrou 0,8298 e Sobral, 0,8001.

Desigualdade afeta metade dos municípios cearenses, aponta IFDM
Foto: Trip Advisor

Fortaleza ficou em quinto lugar no ranking cearense, com destaque para Emprego e Renda. Desde 2013, a capital figura entre os dez melhores municípios do Estado, ao lado de Maracanaú e São Gonçalo do Amarante.

Piores Posições

Na ponta oposta, Quixelô, Ipaumirim e Lavras da Mangabeira ocupam as últimas posições no Ceará. Os três apresentam desempenho crítico em Emprego e Renda, mas foram poupados da pior classificação geral graças ao desempenho em Educação.

Desigualdade afeta metade dos municípios cearenses, aponta IFDM
Foto: Reprodução

Tururu também chamou atenção negativamente: despencou da 54ª para a 181ª posição no Estado num intervalo de dez anos. O município teve queda de 21,5% em Emprego e Renda, crescimento de 5,5% em Saúde e o menor avanço em Educação, com 47,7%.

Cenário Nacional

No Brasil, 47,3% dos municípios têm desenvolvimento baixo ou crítico, o que representa 57 milhões de pessoas. A média nacional do IFDM é de 0,6067, indicando nível moderado. Os melhores índices foram registrados em Águas de São Pedro (SP), São Caetano do Sul (SP) e Curitiba (PR).

Apesar dos avanços, a desigualdade regional ainda é marcante, segundo a Firjan. Segundo Luiz Césio Caetano, presidente da instituição, as cidades em situação crítica têm, em média, um atraso de mais de 20 anos em relação às mais desenvolvidas.

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