
A desigualdade no acesso à internet cria uma série de dificuldades para o aprendizado de estudantes em situação de vulnerabilidade social, como aponta o relatório Acesso à Internet Residencial dos Estudantes, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), lançado na última terça-feira (15).
“O Brasil não está nessa situação por falta de políticas de conectividade, mas pela falta de efetividade das políticas que já foram lançadas”, afirma Jardiel Nogueira, um dos desenvolvedores do documento.
Situação no Ceará
No Estado do Ceará, o Governo Estadual anunciou um programa de entrega de chips com acesso à internet para cerca de 347 mil estudantes de todo o Estado. A Prefeitura de Fortaleza também iniciou uma campanha similar, com a entrega de 242 mil chips para os estudantes terem acesso.
No entanto, a situação das cidades localizadas no interior permanece nebulosa. No município de Mulungu (a 117 km da capital), por exemplo, uma rádio teve a iniciativa de reproduzir aulas da rede pública de ensino em sua estação. Os estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Professor Milton Façanha Abreu tiveram que sintonizar Rádio Comunitária FM Paz. Os programas iniciaram em março de 2020, ainda no inicio da pandemia.


