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Desvios e superfaturamento em contratos são investigados em Pindoretama

Nesta sexta-feira (06/12), o Ministério Público do Ceará (MPCE), em parceria com o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e a Polícia Civil, deu início à Operação “Vectura Fraus”. A operação tem como objetivo apurar um suposto esquema de superfaturamento e desvio de recursos públicos relacionados a contratos de locação de veículos celebrados entre a Prefeitura de Pindoretama e empresas prestadoras de serviço.

Durante a ação, houve o afastamento de secretários municipais: os responsáveis pelas pastas de Infraestrutura e Serviços Públicos, Desporto e Lazer, Administração, além do Gabinete do Prefeito. Eles ficarão afastados por seis meses, sendo investigados por envolvimento no suposto esquema criminoso. Além disso, cinco empresários foram alvo de mandados de prisão.

Desvios e superfaturamento em contratos são investigados em Pindoretama
Foto: Divulgação/MPCE

Um deles já foi detido, enquanto quatro ainda estão foragidos. Os envolvidos poderão responder por crimes como peculato, falsidade ideológica, associação criminosa e fraudes contratuais e licitatórias.

A operação também incluiu a execução de nove mandados de busca e apreensão, realizados nas sedes da Prefeitura de Pindoretama, do Gabinete do Prefeito e nas empresas implicadas. As equipes cumpriram buscas ainda nas residências dos suspeitos, localizadas em Canindé, Baixo, Fortaleza e Pindoretama. Durante as diligências, foram apreendidos documentos, celulares e notebooks, que servirão como provas para o andamento das investigações.

Desvios e superfaturamento em contratos são investigados em Pindoretama
Foto: Divulgação/MPCE

Detalhes

A investigação revelou que, entre os anos de 2021 e 2023, a Prefeitura de Pindoretama fez pagamentos para a locação de veículos bem mais antigos do que os contratados, configurando um possível superfaturamento nos contratos. Os veículos, que deveriam ser fornecidos pelas empresas contratadas, eram utilizados pelas Secretarias de Infraestrutura, Desporto, Administração e pelo Gabinete do Prefeito. A suspeita é de que o pagamento tenha sido realizado de maneira fraudulenta, resultando em prejuízos aos cofres públicos e enriquecimento ilícito dos empresários envolvidos.

As empresas sob investigação não se limitaram a Pindoretama. O Ministério Público descobriu que, além da Prefeitura local, elas mantinham contratos com mais de 30 outros municípios cearenses, somando um montante superior a R$ 449 milhões em contratações de locação de veículos. O total de recursos recebidos pelas empresas investigadas durante o período em Pindoretama é estimado em aproximadamente R$ 2,7 milhões.

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