O município cearense de Sobral liderou as exportações do Estado do Ceará neste primeiro bimestre de 2016, superando a capital Fortaleza, agora segundo lugar, que em igual período do ano passado se apresentava como a melhor colocada. As informações são do estudo Ceará em Comex, realizado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), divulgado ontem.
Conforme o estudo, o bom desempenho de Sobral está bastante associado à indústria de calçados, justamente o setor que mais contribuiu para as exportações do Ceará em janeiro e fevereiro, com US$ 46,1 milhões, aproximadamente 29,06% do total de US$ 158,6 milhões exportados pelo Estado. O montante é 9% inferior aos US$ 174,2 milhões verificados nos dois primeiros meses do ano anterior.
Enquanto isso, o estudo revelou que o recuo de Fortaleza foi ocasionado pela transferência de produção de outros Estados, trazida para escoamento através do Porto do Pecém, além da queda diretamente observada nas exportações de combustíveis e óleos minerais.
Importações
A cidade de São Gonçalo do Amarante, assim como em 2015, continua no topo do ranking de importações do Estado neste primeiro bimestre. A contribuição do município, com um valor de US$ 151,1 milhões, representa aproximadamente 52,4% das importações cearenses, uma acentuada queda em relação aos US$ 528 milhões (66,3%) do ano passado. Assim como no caso de Fortaleza, essa diferença acima do normal aponta para a diminuição na entrada de combustíveis e óleos minerais.
Ao município de São Gonçalo do Amarante, juntam-se Fortaleza, Maracanaú, Aquiraz, Caucaia, Horizonte, Sobral, Pacajus, Pacatuba e Maranguape como as 10 cidades cearenses que mais importaram, somando US$ 288,5 milhões, correspondentes a 94,3% de todas as importações do Estado nos dois primeiros meses de 2016.
Déficit
Neste ano, o déficit na balança comercial cearense é de US$ 129,9 milhões, resultado 79,1% inferior ao do primeiro bimestre de 2015. Nesse período, as exportações caíram, como citado, de US$ 174,2 milhões para US$ 158,6 milhões (-9%), e as importações de US$ 796,4 milhões para US$ 288,5 milhões (-68,3%).
D.N.