Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD contínua), analisados pelo Observatório de Políticas Públicas do Trabalho no Ceará, apontam que a taxa de desocupação feminina recuou para 7,7% no quarto trimestre de 2024, o menor índice para esse período desde 2019.
Esse desempenho é próximo ao registrado entre julho e setembro do mesmo ano, quando a taxa de desemprego feminina foi de 7,5%, o menor patamar desde 2012. No Ceará, no último trimestre de 2024m a força de trabalho feminina totalizava 1.682 milhões de trabalhadores. O número de mulheres formalmente ocupadas chegou a 770 mil, impulsionando o grau de formalização no estado.
Apesar dos avanços, desafios persistem, conforme destaca o secretário do Trabalho, Vladyson Viana. “Os desafios enfrentados por mulheres no mercado de trabalho vão além dos índices de desemprego. Muitas vezes, elas enfrentam discriminação de gênero e salários desiguais em comparação aos seus colegas homens. Isso somado ao fato de ter que conciliar a carreira com responsabilidades familiares que são frequentemente atribuídas a elas de maneira desproporcional”, pontua.
Lei da Igualdade Salarial
Para enfrentar essa disparidade, o Governo Federal lançou, em 2023, o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens. A medida prevê a transparência salarial em empresas com 100 ou mais empregados, que devem reportar informações ao Ministério do Trabalho e Emprego, além do fortalecimento da fiscalização contra discriminação e a ampliação de canais para denúncias de desigualdade salarial.
O presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT/Sine), Raimundo Angelo, reforça a importância de políticas públicas voltadas à equidade de gênero. “Os investimentos em programas de capacitação e políticas de equidade salarial, são medidas essenciais para que se promova ambientes de trabalho inclusivos e respeitosos para as mulheres. O dia de hoje nos convida a refletir sobre as conquistas e, ainda mais importante, sobre os passos necessários para continuar avançando rumo à igualdade de gênero no mercado de trabalho”, destaca.
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