PUBLICIDADE

Disputa entre Cid e André Figueiredo por PDT é discutida na Assembleia

Disputa entre Cid e André Figueiredo por PDT é discutida na Assembleia
Foto: reprodução

O deputado estadual Osmar Baquit (PDT) expôs, na manhã desta quarta-feira (28/06),  durante sessão na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), a gravidade do racha vivenciado pelo partido quanto à Presidência da sigla, pleiteada pelo senador Cid Gomes (PDT). Durante discurso, o parlamentar, que é um dos “discípulos” do senador, declarou que a vontade da maior parte dos membros do partido é ver Cid Gomes na liderança, mas que a nomeação do parlamentar ao cargo seria empatada pelo atual presidente, o deputado federal André Figueiredo (PDT).

“Fizemos uma reunião, e 53 membros disseram sim para a convocação de uma assembleia para tomarmos uma posição. […] Fizemos a reunião, e 90%, 95%, queria que a decisão fosse tomada naquele momento. Formamos uma comissão que tinha 10 membros para conversar com o presidente Lupi, todos os 10 haviam votado em Roberto Cláudio. […] Essa comissão foi exatamente para mostrar que todos aqueles que votaram no Roberto Cláudio, que se definiram pelo Roberto, agora estão se definindo pelo senador Cid Gomes, e dizer que precisamos de Cid nessa condição. E o presidente Lupi disse que não, que essa reunião não teria validade, porque, disse com essas palavras, ‘se for para o diretório nacional, o presidente André dá uma canetada e desmancha tudo’”, declarou.

O encontro entre a comissão e Lupi ocorreu na última segunda-feira (26/06), em Fortaleza. André Figueiredo, que também se reuniu com Lupi e com Cid Gomes no mesmo dia, defendeu sua permanência no cargo. “Não existe um fato concreto que justifique a convocação do diretório para me destituir da presidência, não tem fato concreto, mas vamos dialogar, vamos conversar, estreitar caminhos, o governo (do Estado) quer apoio, nós queremos apoio para o prefeito (de Fortaleza, José) Sarto também”, declarou ao Diário do Nordeste.

Durante o discurso na Assembleia, o deputado Osmar Baquit deu indícios para o teor das negociações envolvendo as partes. “Qual é a proposta? O PDT aceita o Cid na Presidência, desde que o Elmano e Camilo apoiem o Sarto para prefeito. É querer nos fazer de besta”, disse o parlamentar, em tom de reprovação.

Baquit relembrou também o motivo do racha no partido: a escolha de Roberto Cláudio para disputar as eleições estaduais de 2022. “A Izolda era a pessoa que estava no cargo. Quem tocou fogo no PDT foi quem não entendeu, naquele momento, que o PT, o Lula, o Camilo, o Elmano, a bancada do PT, disse ‘sim’ à candidatura de Izolda. O PDT tinha o governo na mão. O Camilo disse que o PT votaria ‘sim’”, destacou o deputado. 

André Figueiredo, Sarto Nogueira, Roberto Cláudio, e o atual presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Gardel Rolim, durante evento do PDT no bairro Paupina.

A liderança de Cid à frente do partido no Ceará significaria o alinhamento do PDT ao governo de Elmano de Freitas (PT), que sofre críticas constantes de Roberto Cláudio e Ciro Gomes, além de possuir um relacionamento tenso com a gestão de Sarto, marcado por troca de farpas. Enquanto isso, André, Roberto e Sarto permanecem como “ala” separa do partido, promovendo eventos da sigla em bairros de Fortaleza.

Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do FacebookInstagram Youtube.

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Imprimir