Nesta quinta-feira (25/09), dois policiais militares tiveram suas penas definidas por participação na Chacina do Curió. Somadas, as condenações chegam a 591 anos, incluindo homicídio qualificado, tentativa de homicídio e tortura. O crime ocorreu em 2015 e resultou na morte de 11 jovens.
Entre os réus julgados nesta etapa, Marcílio Costa de Andrade foi sentenciado a 315 anos, 11 meses e 10 dias de prisão em regime fechado, além da perda do cargo de policial. Luciano Breno Freitas Martiniano recebeu 275 anos e 11 meses de reclusão, também em regime fechado, com a perda do cargo. Ambos foram apontados como responsáveis diretos pelas execuções.
O caso envolvia outros seis policiais acusados de participação direta nos homicídios. Quatro já haviam sido condenados no primeiro júri, em junho de 2023. Um quinto réu morreu antes do julgamento, enquanto o sexto teve sua audiência suspensa por razões de saúde mental.

No caso de Eliézio Ferreira Maia Júnior, o julgamento foi adiado após a apresentação de exame de sanidade mental pela defesa. A 3ª Câmara Criminal do TJCE aprovou o pedido, determinando o desmembramento do processo para que os demais réus pudessem ser julgados normalmente. Com isso, Eliézio permanece como o único dos 30 policiais pronunciados que ainda não foi julgado.
Andamento do Caso
Ao todo, 45 policiais foram denunciados inicialmente. Dez foram excluídos do júri por falta de provas, um morreu e três tiveram o processo remetido à Vara Militar, restando 30 réus. Até o momento, 29 já passaram por julgamento: 21 absolvidos e oito condenados. Entre os absolvidos, Antônio Carlos Matos Marçal terá parte do processo encaminhada à Justiça Militar para novo julgamento.
Entre os condenados, além de Marcílio e Luciano Breno, estão Marcus Vinícius Sousa da Costa, Antônio José de Abreu Vidal Filho, Wellington Veras Chagas, Ideraldo Amâncio, José Oliveira do Nascimento e José Wagner Silva de Souza. As penas variam de 13 anos a mais de 315 anos, todas em regime fechado, com perda do cargo de policial.
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