O Banco Central divulgou nesta quinta-feira (16/10) que a economia brasileira registrou crescimento em agosto. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,4% em relação a julho, considerando dados ajustados sazonalmente.
Em relação ao mesmo mês de 2024, o índice apresentou alta de 0,1%, sem ajuste sazonal. No acumulado do ano, o indicador subiu 2,6%, enquanto o crescimento nos últimos 12 meses chegou a 3,2%.
O IBC-Br serve como instrumento para avaliar a evolução da atividade econômica do país e orienta as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. O índice reúne informações de setores como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Os juros mais altos deixam os empréstimos mais caros e incentivam a poupança, ajudando a controlar a inflação, mas podem diminuir o crescimento da economia. Por outro lado, quando a Selic cai, o crédito fica mais barato, estimulando a produção e o consumo, mas o controle sobre os preços fica menor.
Inflação e Juros
Após uma retração em agosto, a inflação voltou a subir em setembro, registrando 0,48%, impactada pelo aumento da conta de luz. No acumulado de 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 5,17%, acima do teto da meta de 4,5%.

Na última reunião de setembro, o Copom optou por manter a Selic em 15% ao ano. De acordo com a ata divulgada, o colegiado pretende manter a taxa “por período bastante prolongado” para garantir que a meta da inflação seja alcançada. A moderação do crescimento interno e as incertezas externas influenciam essa decisão.
IBC-Br e PIB
O IBC-Br é divulgado mensalmente e possui metodologia diferente do Produto Interno Bruto (PIB), indicador oficial do IBGE. Segundo o BC, o índice “contribui para a elaboração da estratégia da política monetária”, mas não deve ser considerado uma prévia do PIB.
O PIB, que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025, impulsionado pelo setor de serviços e pela indústria. Em 2024, a economia brasileira avançou 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento e a maior expansão desde 2021, quando o PIB atingiu 4,8%.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.