Com a decisão do Supremo Tribunal Federal de manter na íntegra sua decisão que invalidou parte do rito do impeachment, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avisou a líderes partidários a imediata retomada da tramitação do pedido.
A reunião entre Cunha e líderes partidários foi realizada em meio ao recrudescimento, ontem, da pressão pelo impeachment de Dilma.
Pelo novo rito, os líderes partidários terão até as 9 horas da manhã de hoje para indicar os 65 deputados que irão analisar o caso, nos parâmetros definidos pelo Supremo – sem possibilidade de chapa concorrente.
A eleição da comissão, em votação aberta, deve acontecer ainda nesta quinta. A instalação da comissão também poderá ocorrer hoje.
Após isso, há um prazo de 10 sessões plenárias para a apresentação da defesa de Dilma e, depois, mais cinco sessões para que a comissão aprove o relatório.
A palavra final será dada pelo plenário da Câmara, em votação aberta e com chamada ao microfone. A autorização para a abertura do processo de impeachment se dará pelo voto de pelo menos 342 dos 512 deputados -Eduardo Cunha não vota nesse caso.
Dilma só é afastada do cargo caso o Senado ratifique a decisão da Câmara e abra o processo.
Pelo roteiro traçado por Cunha, com sessões de segunda a sexta, a decisão vai a voto no plenário da Câmara na segunda quinzena de abril.
Caso a Câmara mantenha a tradição de realizar sessões de terça a
quinta apenas, a votação no plenário deve se dar na primeira quinzena de maio
Folhapress