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Em 2024, 13 mulheres sofreram violência a cada 24 horas

Um estudo, divulgado nesta quinta-feira (13/03), apresentou números referentes ao ano de 2024 no que diz respeito à violência de gênero. Nos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança – Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo –, ao menos 13 mulheres foram vítimas de violência a cada 24 horas. Os dados foram divulgados no boletim “Elas Vivem: um caminho de luta”.

No total, foram contabilizados 4.181 casos de violência contra mulheres, um aumento de 12,4% em relação a 2023. Esse crescimento pode ser parcialmente atribuído à inclusão do Amazonas no monitoramento a partir de janeiro de 2024.

Os números referentes ao feminicídio chamam ainda mais atenção: 531 mulheres foram assassinadas apenas por serem mulheres, o que equivale a uma vítima a cada 17 horas. Em 70% dos casos, o agressor era o companheiro ou ex-companheiro da vítima. Quando consideradas todas as relações próximas, esse número sobe para 75,3%. Além disso, foram registrados 12 casos de transfeminicídio.

Em 2024, 13 mulheres sofreram violência por dia no Brasil
Foto: Jader Souza/ SupCom ALE-RR

Edna Jatobá, autora do relatório, destaca que as medidas adotadas atualmente ainda não têm sido suficientes para conter a escalada da violência. “Apesar de importantes avanços ao longo dos anos com a institucionalização dos mecanismos de proteção às mulheres, como as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), a Lei Maria da Penha e a tipificação do feminicídio como crime – que deveriam estar mais consolidados e dotados de melhores condições de funcionamento –, a violência contra mulheres e o feminicídio continuam sendo uma realidade alarmante em nosso país”, comentou.

Ceará

No Ceará foi registrado o pior cenário em sete anos nesse quesito. Em 2024, foram registrados 207 casos de violência contra mulheres, um aumento de 21,1% em relação ao ano anterior. O número de feminicídios também cresceu, passando de 42 para 45 casos.

A maioria das vítimas tinha entre 18 e 39 anos, e, em 56 ocorrências, o agressor era o parceiro ou ex-parceiro da mulher. Além disso, o estado também registrou um caso de transfeminicídio.

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