Em Fortaleza, a escassez de vagas nas creches afeta uma grande parcela de crianças em situação de pobreza. De acordo com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV), aproximadamente 9,3 mil crianças de 0 a 3 anos vivem em famílias com renda mensal per capita de até R$ 218. Dessas, cerca de 85% (7.845 crianças) não frequentam creches, sendo que 20% delas não encontram vagas.
No total, mais de 41 mil crianças de até 3 anos pertencem aos grupos prioritários para matrícula em creches. No entanto, apenas cerca de 15,7 mil estão matriculadas, deixando 25.740 sem acesso à educação infantil.
Nesse contexto, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), informou que tem tomado medidas para ampliar a oferta de vagas, criando 7.109 novas vagas desde 2021. A administração também destacou a inauguração de 34 novos Centros de Educação Infantil (CEIs), com investimentos de mais de R$ 119 milhões. A cidade, que é a terceira maior rede de educação infantil do Brasil, aumentou em 141% o número de matrículas desde 2012.
Em resposta à demanda crescente, a Prefeitura realiza cadastros no Registro Único (RU) para garantir a matrícula das crianças e adota critérios de prioridade. Entre eles, a renda familiar e a situação de vulnerabilidade.
