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Em média, 100 vítimas de acidentes de trabalho são atendidas por mês no IJF

A cada mês, o Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, recebe em média 100 pacientes vítimas de acidentes de trabalho. A informação foi revelada pela coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia, Adriana Alencar, durante a apresentação de uma pesquisa sobre o perfil desses pacientes. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (18/04).

Quedas de andaimes, lesões com maquinário, queimaduras, choques elétricos e acidentes automobilísticos são algumas das causas que levam esses trabalhadores à emergência do IJF diariamente. A pesquisa, que analisou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) de 2017 a 2023, revelou que a maioria das vítimas é do sexo masculino, com idade entre 19 e 59 anos, sendo a maioria os principais provedores de suas famílias.

Dos 2.608 casos analisados, 94% resultaram em incapacidade temporária, enquanto 18 casos foram fatais e 11 deixaram os pacientes permanentemente incapacitados. Braços, mãos, pernas e cabeça foram as partes do corpo mais afetadas. Surpreendentemente, quase metade dos acidentes ocorreu nas instalações dos contratantes, com os acidentes em vias públicas também representando uma parcela significativa, incluindo incidentes no trajeto para o trabalho.

Em média, 100 vítimas de acidentes de trabalho são atendidas por mês no IJF
Foto: Reprodução

Um aspecto destacado pela pesquisa é o aumento dos acidentes envolvendo motociclistas, muitos dos quais estão ligados aos aplicativos de entrega e aos deslocamentos para o trabalho. Adriana Alencar também observou um aumento nos casos de queimaduras e choques elétricos entre instaladores de internet e cabeamento.

De modo a prevenir esses acidentes, vale ressaltar a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) durante as atividades laborais. Segundo a coordenadora, os dados compilados pela pesquisa podem inspirar políticas públicas mais eficazes de proteção aos trabalhadores.

Apesar dos altos números, muitos trabalhadores evitam formalizar os acidentes por medo de represálias, como demissão. Vivianny Bezerra, coordenadora do Núcleo de Serviço Social do IJF, ressaltou que, em muitos casos, os pacientes hesitam em relatar os detalhes do acidente por receio de consequências negativas em relação ao emprego.

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