De acordo com números do Departamento Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), a Enel Distribuidora de energia elétrica no Ceará, lidera quando o assunto são reclamações. Conforme levantamento do Decon, de janeiro a agosto de 2020, 950 queixas foram foram registradas contra a companhia, seja de forma presencial ou não.
Uma das 950 reclamações partiu da enfermeira Emanuela Holanda (37). Ela conta que há mais de três meses tenta resolver uma pendência com a companhia, mas que a única resposta que vem obtendo são as prorrogações do caso para resolução do problema. “O meu caso é uma troca de titularidade. Desde o dia 7 de julho que tento fazer essa troca para uma casa que me mudei. Não recebi retorno da Enel. Devo ter feito de 10 a 12 ligações com registro de protocolo, fora as duas vezes que compareci de forma presencial”.
De acordo com a cliente da companhia, a Enel sempre dava um prazo de 15 dias para resolução do caso, mas nunca retornou com qualquer informação, sendo necessário que Emanuela sempre buscasse contato com a empresa através dos diversos canais de atendimento da companhia.
Em mais uma tentativa de solucionar o caso, Emanuela recebeu um novo prazo de 15 dias, a contar de 15 de outubro. Além de todos esses transtornos, o mesmo impasse de troca de titularidade acontece com a moradora que reside na antiga casa de Emanuela. “Eles também não fazem a troca de titularidade nessa casa, e nem na outra em que eu morava. Então estou com esses dois processos pendentes com a Enel”, detalha.
Como se não bastasse o descaso da companhia, Emanuela revela uma terceira reclamação com a companhia. “Tanto eu como a moradora atual da casa onde eu morava pagamos a mesma conta duas vezes. Cobraram para mim e para ela a mesma conta, o mesmo valor, o mesmo período. Então depois que eu resolver as prioridades, essa é outra inconsistência que a Enel vai ter de resolver”, dispara.
O alto índice de reclamações parece não preocupar a Enel, que trata os números de queixas como algo irrelevante. Isso pode ser sentindo em nota que a empresa disponibilizou à imprensa, quando se limitou a dizer que “o número de reclamações representa 0,02% do número de clientes”.
Confira parte do depoimento de Emanuela:
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