O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 0,18% em novembro, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10/12). O resultado representa uma desaceleração em relação ao mesmo período de 2024, quando havia sido de 0,39%.
No acumulado de 2025, a inflação soma 3,92%, enquanto o índice dos últimos 12 meses atingiu 4,46%. Esse percentual ficou abaixo dos 4,68% imediatamente anteriores. As projeções do mercado apontavam alta de 0,20% no mês e de 4,5% no recorte anual.

Em seguida, os dados mostram que a inflação voltou ao intervalo de tolerância estabelecido pelo Banco Central, que admite até 4,5%. A leitura de novembro também foi a menor para o mês desde 2018, quando foi registrada uma queda de -0,21%.
Grupos
Entre os grupos pesquisados, cinco avançaram: Despesas pessoais (0,77%), Habitação (0,52%), Vestuário (0,49%), Transportes (0,22%) e Educação (0,01%). Os demais recuaram, com destaque para Artigos de residência (-1,00%) e Comunicação (-0,20%). Saúde e cuidados pessoais e Alimentação e bebidas apresentaram leve queda, com -0,04% e -0,01%, respectivamente.
No detalhamento, o grupo Despesas pessoais foi o principal fator de pressão, impulsionado pelas passagens aéreas (11,9%) e pela hospedagem (4,09%). O grupo Habitação voltou a subir, reflexo da alta de 1,27% na energia elétrica, que permanece como um dos itens de maior peso no ano, acumulando avanço de 15,08%. Reajustes regionalizados também influenciaram o segmento, como o aumento de 9,75% nas tarifas de água e esgoto em Fortaleza.

Já os transportes contribuíram para conter o índice, sobretudo pelas gratuidades aplicadas em feriados e no Enem. O ônibus urbano caiu 0,76%, enquanto a integração do transporte público recuou 4,51%.
Na alimentação, a queda de 0,01% decorreu principalmente da retração na alimentação no domicílio (-0,20%). Itens como tomate (-10,38%), leite longa vida (-4,98%) e arroz (-2,86%) apresentaram as maiores baixas. Em contrapartida, as altas foram lideradas pelo óleo de soja (2,95%) e carnes (1,05%).
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