A primeira semana de outubro foi marcada por uma nova alta no preço dos combustíveis no Ceará. Alguns postos de Fortaleza, inclusive, chegaram a apresentar um aumento no valor do litro da gasolina que chegou a R$ 4,98 em determinados estabelecimentos.
Apesar do reajuste não ter sido previsto pela última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), alguns especialistas apontam algumas justificativa para a medida. “Como a gente não produz o combustível já refinado no Brasil nós temos que importar. Então ele depende tanto desse preço tanto do barril do petróleo como da cotação do dólar”, explica o economista Vitor Hugo Silva.

Logo no início do conflito entre Rússia e Ucrânia o barril do petróleo bruto, que é conhecido como brent, chegou a custar mais de U$ 100, mas apresentou uma queda com o passar do tempo. Porém, entre o final de setembro e o começo de outubro, o preço do barril do petróleo voltou a subir chegando a quase U$ 99 no dia 7 de outubro, o que refletiu diretamente no bolso do consumidor.
“Houve um forte aumento no preço do barril do petróleo entre, aproximadamente, o dia 25 de setembro e os 13 primeiros dias de outubro. Isso sinaliza que o conflito entre Rússia e Ucrânia não iria arrefecer, então isso torna o mercado internacional muito instável”, declara.
O economista enfatiza que é importante para os agentes econômicos que a Petrobrás comunique novos reajustes para que os consumidores e comerciantes possam se planejar para esse novo aumento. Em contrapartida, a não emissão de um comunicado acaba se tornando um problema.
“Os agentes econômicos acabam sendo pegos de surpresa, então isso acaba prejudicando muito o planejamento das pessoas e das empresas. Uma boa prática seria a Petrobras fazer o anúncio e era adequado que ela tivesse uma antecedência”, pondera.