De acordo com o pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), entre os anos de 2021 e 2023, 600 mil cearenses saíram da extrema pobreza, o que representa uma diminuição de 40,6% no número de pessoas nessa condição.
A pesquisa escolheu esse período pelo fato do ano de 2021 ser o início do processo de saída da pandemia de covid-19. Observando nesse recorte, mais cearenses saíram da extrema pobreza do que no intervalo de dez anos entre 2012 e 2023, quando quase 388 mil pessoas naturais do Ceará saíram dessa condição, representando uma queda de 30,7% na quantidade da população dita como extremamente pobre.
O levantamento do Ipece ainda detalha que, de todos os 600 mil cearenses saíram da extrema pobreza, mais de de 193 mil moram na zona urbana e aproximadamente 407 mil vivem na zona rural. Essas quantidades representam 25,4% na zona urbana e 56,7% na zona rural.
A recuperação da economia do Ceará durante o período pós-pandêmico, de acordo com a pesquisa, é uma das principais razões para a redução da quantidade de pessoas na extrema pobreza. Além disso, outros fatores que colaboraram para isso foram aumentos nos valores de transferências via programas sociais, a melhora da focalização de novos benefícios para crianças, jovens, gestantes e o relançamento do Bolsa Família contribuíram para o movimento observado no índice.
O levantamento do Ipece estuou separadamente Fortaleza, Região Metropolitana, região Litoral Oriental\Vale do Jaguaribe, Sul, Sertões, Litoral Ocidental e Norte. A pesquisa tem como objetivo calcular o número e a proporção de pessoas no Ceará com renda abaixo da linha de pobreza internacional utilizada para o monitoramento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Além disso, ele busca comparar a situação estadual com a situação do Nordeste e a do Brasil e também analisar a dinâmica da extrema pobreza nas diferentes regiões do estado, de acordo com os recortes geográficos permitidos pela PNAD Contínua do IBGE.
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