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Entre 2023 e 2024, mais de R$ 138 milhões do crime organizado foram bloqueados

Segundo balanço da Polícia Civil do Ceará, mais de R$ 138 milhões do crime organizado foram bloqueados entre 2023 e 2024. Entre tudo que foi apreendido pelas autoridades há carros, joias e imóveis de luxo, no qual a compra destes artigos de luxo é a maneira mais convencional entre os criminosos para lavar dinheiro.

Focando apenas em veículos, são mais de R$ 52 milhões de reais bloqueados de patrimônio. Delegado geral da Polícia Civil, Márcio Gutiérrez, afirma que a aquisição de veículos e imóveis são atividades que costumeiramente esses grupos utilizam para lavar o dinheiro, para tentar trazer um ar de legalidade a esse patrimônio que foi conseguido de forma ilícita.

Além disso, Gutiérrez revela que mansões de alto padrão e veículos de luxo também foram identificados, no qual todos são avaliados em aproximadamente R$ 4,5 milhões cada . “Nós temos também uma parte de apreensão de joias, relógios, itens de muito valor agregado. Então, isso facilita ao criminoso buscar lavar esse dinheiro, buscar, inclusive, não só lavar, mas também se capitalizar. Quando ele precisa transformar aquele patrimônio em dinheiro, ele consegue de forma mais rápida, através de veículos, através de joias, através desses ativos financeiros com maior liquidez”, disse o delegado.

Até o momento, não é possível dizer a quantidade de pessoas presas relacionadas a esses bens bloqueados. Porém, Gutiérrez afirma que podem ser mais de 100 detidos, fora cerca de R$ 6 milhões em contas bancárias bloqueadas. “No último ano a gente já fez mais de 83 operações interestaduais de busca de captura de foragidos do Ceará. E boa parte deles ligados ao crime organizado, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas”, salientou.

A Polícia Civil do Estado também revelou que o dinheiro apreendido será utilizado em ações de combate ao próprio crime organizado. Não adianta a gente só buscar prender e descapitalizar esses grupos criminosos, a gente também busca utilizar o patrimônio que foi conseguido através da atividade criminosa para que esse patrimônio, esses bens e esses valores sejam empregados exatamente no combate ao crime organizado. Então, é o dinheiro do crime alimentando o combate ao crime”, comentou o delegado.

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