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Escola de Cascavel vence Prêmio Nacional de Empreendedorismo Científico

A Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Marconi Coelho Reis, do município de Cascavel, conquistou o Prêmio de Incentivo ao Empreendedorismo Científico (Piec) em todas as cinco categorias da sua terceira edição. Como prêmio principal, a escola receberá R$ 50 mil em equipamentos e materiais para laboratório, por meio do “Laboratório Legado”.

O concurso contou com a participação de 975 estudantes e professores, que inscreveram 210 projetos de 23 estados e 82 municípios. O evento é patrocinado pelo Grupo Ambipar e pelo Movimento Somos Todos Amazônia, com apoio da agência cultural La Fourmi.

As categorias avaliadas foram: “Futuro Brilhante”, que premia ações para um futuro sustentável; “Nova Realidade”, para projetos viáveis economicamente; “Consciência Circular”, que destaca pesquisas alinhadas à Economia Circular; “Educador Inspirador”, para professores orientadores; e “Pomar Científico”, que reconhece a escola com maior pontuação geral.

Escola de Cascavel vence todas as categorias do Prêmio Nacional de Empreendedorismo Científico
Foto: Arquivo Pessoal

A pesquisa vencedora da instituição de ensino, intitulada “Síntese de novos polímeros para aplicações agrícolas e ambientais a partir de resíduos agroindustriais”, envolve a transformação de resíduos do processamento de frutas em biopolímeros biodegradáveis. O material é produzido com auxílio de microrganismos e pode ser utilizado para proteger plantas contra pragas, contribuindo para a sustentabilidade da agricultura familiar local.

Além do primeiro lugar geral, a escola conquistou o segundo, terceiro e quinto lugares gerais com outros projetos. Ao todo, a instituição inscreveu 11 trabalhos, sendo cinco classificados na etapa final entre os 25 melhores do país. As pesquisas foram orientadas pelos professores Heloina Capistrano e Francisco Augusto Santos.

Para Ana Júlia Nascimento, aluna participante do projeto vencedor, destacou que o trabalho exigiu dedicação e disciplina, além de contribuir para seu desenvolvimento pessoal e definição profissional. “Todo o processo e cada etapa vivenciada exigiu muita paciência, persistência, dedicação e paixão pelo projeto e pela ciência, acima de tudo. (…) Percebi, durante o processo, que o que aprendemos na sala de aula pode ser aplicado no nosso dia a dia e pode transformar a realidade ao nosso redor”, comentou.

Escola de Cascavel vence todas as categorias do Prêmio Nacional de Empreendedorismo Científico
Foto: Arquivo Pessoal

Mariane Moraes, também estudante da instituição, ressaltou a importância do acesso à educação científica para ampliar as oportunidades dos jovens. “Tudo isso ressignificou minha relação com a escola, que deixou de ser apenas um espaço de conteúdo e se tornou um lugar de possibilidades, onde meus sonhos ganharam forma, com pessoas especiais, em que vivi dias especiais. Nada poderia definir o meu sentimento mais do que orgulho e emoção”, externou.

Histórico

A escola participou também das edições anteriores do prêmio, em 2023 e 2024. Para os professores responsáveis, o envolvimento com projetos científicos aproxima o aprendizado teórico da prática, estimula habilidades investigativas e favorece a resolução de problemas locais.

“Muitos desses estudantes desenvolvem projetos para resolver problemas reais de suas comunidades. Com isso, utilizam o próprio território no qual estão historicamente inseridos como fonte de estudo”, explicou Heloina.

A EEMTI Marconi Coelho Reis obteve 279 pontos na competição, contra 187 da segunda colocada. Entre os projetos inscritos, destacam-se:

  • Plastguava, que desenvolveu um filme plástico biodegradável a partir dos resíduos da produção de goiaba (2º lugar nas categorias Consciência Circular, Nova Realidade e Futuro Brilhante, além do 2º lugar geral do prêmio);
  • Pectivitalis, um revestimento sustentável para evitar desperdício de frutos (3º lugar nas categorias Consciência Circular, Nova Realidade e Futuro Brilhante, além do 3º lugar geral do prêmio)
  • FitClean, uma membrana biossintética para tratamento de água (5º lugar na classificação geral);
  • Boom, que propôs a explosão de sementes como alternativa para o reflorestamento (7º lugar na classificação geral);
  • Cbet, que desenvolve revestimento para sementes a partir de coprodutos de beterraba (26º lugar);
  • Arbiotec, que criou uma biocelulose com propriedades para combater o mosquito Aedes aegypti (35º lugar);
  • RCB, que reaproveita a casca da banana para soluções sustentáveis (71º lugar);
  • Elas no STEM, que trabalha a inclusão feminina em liderança científica (88º lugar);
  • CicatriCACTUS, com tecnologias fitoterápicas a partir do mandacaru (89º lugar);
  • Proteccolor, um protetor solar antifúngico sustentável (116º lugar).

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