João Victor Uchôa Sales, estudante autodeclarado pardo, foi desclassificado na avaliação de cotistas da Universidade Estadual do Ceará (Uece) de Quixeramobim, para o curso de medicina. Embora tenha passado no vestibular 2023.2 nas vagas destinadas às ações afirmativas, a Comissão de Heteroidentificação da instituição contestou sua autodeclaração racial.
O episódio intrigante ganha mais complexidade quando observamos que João Victor, posteriormente, foi aprovado na mesma universidade para o curso de Ciências Biológicas, também concorrendo às vagas destinadas aos candidatos autodeclarados pardos. A situação deixou o estudante desapontado, e ele denuncia a aparente inconsistência no processo de avaliação.
Em seu relato, João Victor destaca que, embora tenha passado por três bancas, a comissão de heteroidentificação da Uece o negou como pardo para o curso de medicina, enquanto foi considerado pardo para Ciências Biológicas na primeira banca, meses depois. O estudante ressalta que o edital do certame não estabelecia a obrigatoriedade do tom de pele mais acentuado, mas sim características associadas ou não, as quais ele alega possuir.
A polêmica ressalta a importância de uma revisão e transparência no processo de heteroidentificação nas instituições de ensino, destacando a necessidade de critérios claros e uniformes para evitar possíveis injustiças e contestações.
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