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Estudante cearense cria estação meteorológica portátil que ajuda pequenos agricultores

franco-helber-1O estudante cearense Franco Helber, de 22 anos, do curso de tecnologia em Mecatrônica do campus de Limoeiro do Norte do IFCE, pesquisou e apresentou um trabalho que pode servir de modelo para outras áreas além da pesquisada.

O aluno desenvolveu um projeto unindo agronomia e mecatrônica, sendo um dos destaques do Ceará na última e recente edição do Congresso Norte/Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi), que ocorreu no Acre.

Ele construiu um protótipo de um sistema de produção agrometeorológico portátil, capaz de coletar, armazenar e escrever dados climáticos de umidade relativa do ar, temperatura e luminosidade.

Os parâmetros físicos são registrados e armazenados em um micro cartão de memória disponível em uma placa de desenvolvimento. “Com a problemática apresentada pelo professor da área das agrárias Francisco Sildemberny, onde ele me passou que as estações meteorológicas são de difícil acesso financeiro, por terem preços elevados, foi pedido para que desenvolvesse uma plataforma móvel e que atendesse algumas necessidades”, explica o estudante.

O projeto se desenvolve com a perspectiva de combater os prejuízos e maximizar as plantações agrícolas da região do Vale Jaguaribe. O projeto é portátil e dispensa a compra de vários aparelhos.

A confecção do protótipo deu-se inicialmente com levantamento das principais variáveis a serem coletadas pelo dispositivo. “Foram determinadas as variáveis a serem coletadas (umidade, temperatura e iluminância), foi realizado o dimensionamento dos sensores, através dos parâmetros elétricos, onde os mesmos fazem a aquisição de dados”, conta Franco.

Em seguida, o estudante optou pela plataforma de processamento adequada aos sistemas agrometeorológicos (Plataforma Microcontroloda UNO). “Observando as características de montagem, acessibilidade, além dos parâmetros elétricos, foi preferido utilizar os sensores DHT11 (coletar dados de temperatura e umidade relativa do ar) e o LDR (Sensor de iluminância)”, afirma.

A partir da escolha dos sensores e da plataforma a ser utilizada, foi confeccionado o primeiro protótipo que já está em funcionamento em uma extensão do IFCE de Limoeiro do Norte. 

Benefícios e dificuldades do projeto

A região do Vale do Jaguaribe, nas ultimas décadas, passou por variações climáticas Protótipo de um sistema de produção agrometeorológico portátil (Foto: Divulgação)bruscas que geraram perdas agrícolas proporcionadas por fatores meteorológicos. “Foi de suma importância o desenvolvimento do protótipo, pois nem todos o agricultores têm condições financeiras para adquirir uma estação meteorológica”, enfatiza.

Foi feito então a produção de uma mini estação de baixo custo e portátil, onde agricultor pode programar o seu cultivo de lavouras que se adaptem bem às condições climáticas da região de forma eficiente.

A principal dificuldade encontrada foi na aquisição dos componentes eletrônicos. A maioria teve que ser comprada fora do país. “No primeiro momento tive que contar com ajuda de colegas e professores que me auxiliaram nos empréstimos de materiais para confecção do protótipo”, conta. O protótipo foi desenvolvido em pouco mais de seis meses na própria instituição.

Destaque no Connepi

Para Helber, ser um destaque do Connepi é importante para qualquer pessoa. “É um dos eventos que a cada ano que passa o nível de excelência aumenta bastante. Mas não poderia ter conseguido êxito no projeto sem os professores e colegas que auxiliaram durante todo processo acadêmico”, ressalta.

O Connepi é um evento promovido pela Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, com objetivo de difundir conhecimentos além das fronteiras acadêmicas, levando para o cotidiano dos brasileiros e dos setores de produção a aplicação das pesquisas desenvolvidas nos laboratórios das instituições de ensino.

Segundo o estudante, o trabalho foi de suma importância para aplicação de conhecimentos adquiridos na sua formação acadêmica. “O desenvolvimento do projeto em conjunto com as agrárias me agregou conhecimentos que não teria só no meu curso”, comenta.

O Connepi tem o objetivo de difundir conhecimentos além das fronteiras acadêmicas (Foto: Divulgação)

Tribuna do Ceará

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