Um grupo de alunos de uma escola de Itaitinga desenvolveu um projeto inovador: um óculos que auxilia na leitura de textos impressos para deficientes visuais. Nomeado de E-vision, o projeto foi desenvolvido por oito estudantes sob a orientação do professor Rodrigo Castro.
O protótipo utiliza visão computacional e inteligência artificial, equipado com câmera, microfone e fones de ouvido, captando imagens e convertendo em áudio. Criado por alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual de Educação Profissional Professor Francisco Aristóteles de Sousa, o projeto faz uso da linguagem de programação Python para integrar os componentes em um sistema de processamento de imagens em tempo real.
Inicialmente, o projeto tinha como foco principal ajudar alunos com deficiência visual que enfrentavam desafios por falta de materiais adaptados para seus estudos. A ideia era desenvolver um dispositivo que tornasse o processo de aprendizado mais eficiente e rápido, promovendo maior autonomia para esses estudantes.
No início do desenvolvimento, os óculos funcionavam através de gestos manuais, que acionavam a captura de imagens. No entanto, esse método causava certa lentidão no dispositivo, o que levou a equipe a buscar alternativas mais ágeis. A solução foi a implementação de comandos de voz, o que possibilitou ao usuário ativar o dispositivo simplesmente falando com um assistente virtual chamado “Ivi”.
O investimento inicial foi de R$ 30, já viabilizando o uso em sala de aula. O próximo passo é compactar e aprimorar o design dos óculos, tornando-os mais ergonômicos e acessíveis para uso nas escolas.
A qualidade do trabalho realizado pelos estudantes já rendeu destaque em competições e eventos importantes. O protótipo E-vision foi selecionado como um dos 25 finalistas do “Prêmio Samsung” e também marcou presença em eventos como o “Ceará Summit”, além de iniciativas promovidas pelo Sebrae.
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