Seis municípios cearenses estão vulneráveis em relação ao risco de desabamento de falésias, especialmente no Litoral Leste, entre Beberibe e o limite com o Rio Grande do Norte. Também há registros no Litoral Oeste. O alerta foi dado pelo Plano de Ações de Contingência para Riscos Associados a Ambientes de Falésias, lançado pela Secretaria de Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema).
O estudo, elaborado pelo Programa Cientista Chefe Meio Ambiente (CCMA/Sema/Funcap), foi motivado por tragédias ocorridas em estados vizinhos, como no Rio Grande do Norte, onde a queda de blocos de uma falésia na Praia de Pipa matou três pessoas em 2020. Outro acidente em 2024, também em Pipa, resultou na morte de uma turista que caiu de uma falésia enquanto pilotava um quadriciclo.
No Ceará, os principais riscos estão concentrados em municípios como Beberibe (Morro Branco e Praia das Fontes), Fortim (Pontal de Maceió), Aracati (Canoa Quebrada), Icapuí (Praias de Redonda, Peroba e Ponta Grossa), Caucaia (Praia do Pacheco) e Paraipaba (Praia da Lagoinha). Nesses locais, o aumento da visitação e a construção de infraestruturas nas bases das falésias intensificam os perigos.
Além disso, também se destacam como fatores de risco a erosão costeira e a instabilidade geológica, que contribuem para a aceleração do processo de desgaste dessas estruturas. O uso do solo nas áreas próximas às falésias, sem o devido controle, também pode resultar em maior erosão e aumentar os riscos de quedas.
Prevenção
Para prevenir acidentes, o plano sugere ações como a inclusão de áreas de risco nos Planos Diretores Participativos municipais, vistorias periódicas nas falésias, instalação de placas de sinalização de perigo e campanhas de conscientização sobre os riscos. A Defesa Civil Municipal também deverá agir de forma coordenada com as Prefeituras em situações de emergência, além de prestar apoio a possíveis vítimas e comunidades afetadas.
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