A Notícia do Ceará
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Estudo revela impacto do fast food nos hábitos alimentares dos brasileiros

Pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) realizaram um estudo que evidencia uma mudança significativa nos hábitos alimentares dos brasileiros entre 2008 e 2018. O estudo, publicado no início de maio na “Revista de Nutrição”, aponta que o consumo de fast food aumentou significativamente, tendo relação direta com o aumento de sobrepeso e obesidade na população.

Os dados revelam uma redução no consumo de alimentos como frutas, café, chá, peixes, frutos do mar, carnes processadas, leite e derivados. Em contrapartida, houve um aumento no consumo de frango e ovos, possivelmente em resposta à crise econômica enfrentada pelo país no período.

Embora arroz e feijão ainda sejam consumidos em grandes quantidades, o estudo destaca uma tendência de queda nesse consumo ao longo do tempo. Em 2008, o consumo médio de arroz por homens era de 209 gramas por dia, reduzindo para 174 gramas em 2018. O consumo de feijão e outros legumes caiu de 250 para 231 gramas por dia no mesmo período. Por outro lado, o consumo diário de fast food aumentou de 31 para 48 gramas.

Estudo revela impacto do fast food nos hábitos alimentares dos brasileiros
Foto: Reprodução

A professora llana Nogueira Bezerra, da Uece, uma das autoras do estudo, explica que o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados está associado a indicadores de obesidade, afetando todos os gêneros e faixas etárias. Ela alerta que esse aumento pode também estar relacionado ao crescimento de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

Fatores associados

A pesquisa aponta que o ganho de peso excessivo está também ligado a comportamentos sedentários, aumento do tempo de tela, diminuição da prática de atividade física e urbanização crescente. Nas áreas urbanas, as atividades laborais e o deslocamento tendem a ser mais sedentários.

Estratégias

Para combater essa tendência , o estudo sugere várias estratégias. Entre elas, estão a priorização de alimentos preparados em casa, políticas de rotulagem nutricional, tributação de alimentos ultraprocessados e regulação de publicidade e promoções desses produtos. Além disso, são recomendadas ações de saúde pública que promovam educação nutricional, mudanças no ambiente alimentar e a acessibilidade de alimentos saudáveis.

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