Evandro Leitão (PT), recém-empossado prefeito de Fortaleza, determinou que sua equipe revisasse uma série de projetos sancionados nos últimos dias da gestão de José Sarto (PDT). Esses projetos enfraqueceram ou extinguiram áreas de proteção ambiental em diversos bairros da cidade.
Em 17 de dezembro de 2024, vereadores aprovaram emendas que retiraram a proteção ambiental de várias regiões de Fortaleza. Essas alterações afetaram bairros como Edson Queiroz, Praia do Futuro, Sabiaguaba, Bom Jardim, Dom Lustosa, Sapiranga, Serrinha, Manoel Dias Branco, São Gerardo e Presidente Kennedy. As decisões geraram preocupação entre ambientalistas e moradores locais.
A aprovação dessas propostas aconteceu durante três sessões plenárias, sendo uma ordinária e duas extraordinárias, que somaram mais de seis horas de duração. Durante esses encontros, textos foram votados para remover áreas de proteção como zonas de proteção ambiental (ZPA), zonas de recuperação ambiental (ZRA), zonas especiais ambientais (ZEA) e zonas de interesse ambiental (ZIA).
A maioria dos vereadores, 25 no total, votou a favor da derrubada dos vetos de Sarto. Enquanto isso, apenas dois vereadores, Gabriel Aguiar e Adriana Gerônimo, do PSOL, votaram pela manutenção.
Um dos projetos, de autoria do vereador Luciano Girão (PDT), que propunha a extinção de 11,4 hectares no bairro Manoel Dias Branco, uma área do Cocó. Esse projeto foi retirado de pauta após repercussão negativa, mas retornou à Câmara no final do ano.
Em coletiva realizada nesta sexta-feira (03/01), o prefeito anunciou que solicitou ao novo secretário municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, João Vicente Leitão, uma reavaliação de todas as mudanças feitas. “Já pedi, inclusive, para o meu secretário da Seuma, para reavaliar todas as áreas e mensagens que foram aprovadas no final de 2024. Não quero antecipar, não quero estar dizendo que vamos revogar essas leis, não é isso. Eu apenas pedi para serem avaliadas no sentido de que a gente possa ter um juízo melhor sobre todas essas mensagens”, comentou.
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