PUBLICIDADE

Evangélicos devem alcançar 35,8% da população e reforçam base bolsonarista

Foto: Reprodução

Um levantamento da Mar Asset Management projeta que os evangélicos representarão 35,8% da população brasileira em outubro de 2026. O estudo, baseado em dados da Receita Federal e do IBGE, reforça a importância do segmento no cenário político, mantendo-se como um dos principais pilares do bolsonarismo.

Nas últimas eleições, quando correspondiam a 32,1% da população, 69% dos evangélicos preferiram Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, segundo o Datafolha. Desde 2018, essa tendência de apoio à direita se mantém, com Fernando Haddad (PT) também registrando baixa aceitação no segmento.

Desgaste histórico

O distanciamento entre os evangélicos e o PT começou no segundo mandato de Dilma Rousseff, especialmente com o Plano Nacional de Direitos Humanos 3, que previa apoio à descriminalização do aborto. A proposta gerou forte reação religiosa e acabou retirada. Posteriormente, a gestão Dilma enfrentou resistência com a nomeação do pastor Marco Feliciano (PL-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Durante o impeachment, 92% da bancada evangélica votou a favor da destituição da petista.

Atualmente, o segmento segue demonstrando influência crescente na política nacional. Pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira aponta que 48% dos evangélicos avaliam negativamente a atual gestão federal, contra 41% da população geral. Apenas 21% consideram a administração ótima ou boa.

Força política evangélica

Nos últimos anos, a influência política dos evangélicos se fortaleceu, impulsionada pelo apoio de lideranças religiosas e pela defesa de pautas conservadoras. Mesmo com tentativas de aproximação por parte do governo federal, medidas como a ampliação da imunidade tributária dos templos religiosos não foram suficientes para mudar a percepção de distanciamento político.

Pastores influentes, como Silas Malafaia e Robson Rodovalho, seguem atuando ativamente no cenário político. Malafaia destaca que fatores ideológicos e discursos sobre costumes fortalecem a mobilização do segmento, que promete ter peso decisivo nas próximas eleições. Assim, a presença evangélica continua a ser um dos principais sustentáculos do bolsonarismo no Brasil.

Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Imprimir