O Ministério Público do Ceará (MPCE) apresentou, nesta quinta-feira (17/10), uma denúncia formal contra seis pessoas ligadas à Prefeitura de Itatira, incluindo três ex-secretários, um servidor público e dois empresários. Essas pessoas estão sendo acusadas de participação em um esquema de corrupção que envolvia conluio para desviar recursos, realizar pagamentos indevidos e fraudar processos de licitação.
A denúncia foi feita pelo promotor Jairo Pequeno Neto, da 2ª Promotoria de Justiça de Canindé, após a terceira etapa da Operação Hasta, realizada em setembro deste ano em parceria com a Delegacia de Combate à Corrupção do Ceará. Como resultado dessa operação, os seis acusados foram presos e os gestores que ainda ocupavam cargos na Prefeitura foram exonerados.
As investigações revelaram um esquema de desvio de dinheiro público envolvendo empresários que prestavam serviços à Prefeitura. De acordo com a denúncia, os proprietários das empresas Cariri e Route Service, que mantinham contratos com o município, entregavam recibos assinados com valores em branco. A responsabilidade de verificar esses documentos era do então secretário de Gestão e Planejamento, que também atuava como ordenador de despesas.
A ex-secretária de Administração e Finanças, que é filha do prefeito, também participava da aprovação de pagamentos suspeitos. Outros envolvidos no esquema incluem um vigilante contratado e o ex-controlador-geral, que participavam da movimentação financeira irregular.
Com base nos resultados da investigação, o órgão denunciou a ex-secretária de Administração e Finanças, o ex-controlador-geral e um servidor público por crimes de peculato, lavagem de dinheiro e formação de associação criminosa. O ex-secretário de Gestão e Planejamento foi acusado de participação em organização criminosa, falsidade ideológica, peculato e manipulação de processos licitatórios.
Os donos das empresas envolvidas também enfrentam acusações. O proprietário da Cariri foi denunciado por fraude em licitação e associação criminosa, enquanto o dono da Route Service responderá por falsidade ideológica, conluio para fraudar licitações e associação criminosa.
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