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Facção carioca aumenta atuação em território cearense

Após o assassinato de uma adolescente na Zona Rural de São Benedito, na Serra da Ibiapaba, Estado percebe avanço do Terceiro Comando Puro (TCP), facção criminosa do Rio de Janeiro, em território cearense.

Suspeitos capturados revelam que o assassinato da adolescente aconteceu em decorrência da rivalidade entre o TCP e o Comando Vermelho (CV), outra facção originária do Rio de Janeiro, mas que também atua em território cearense.

De acordo com as investigações, o namorado da vítima seria integrante do CV, enquanto José Lucas Ferreira dos Santos, de 18 anos, suspeito de ter realizado o assassinato, revelou que faz parte do TCP. Uma adolescente suspeita de participar da execução, em depoimento à Polícia Civil, revelou que “na escola onde estuda, a maioria dos alunos é da facção TCP”.

Na última quarta-feira (5), José Lucas foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPCE), juntamente com Francisco Gleison Barbosa de Sousa, dito como seu “padrinho de batismo” no TCP. É acreditado que ele teria emprestado a arma usada para matar a adolescente de 16 anos. Porém, Gleison ainda é procurado pelas forças de segurança.

Em 2022, depois de tentar se estabelecer em Fortaleza, este ano o TCP começou a expandir sua atuação nos municípios do Vale do Jaguaribe e da Serra da Ibiapaba. Aqueles que decidiram fazer parte da facção carioca já eram integrantes dos Guardiões do Estado (GDE), grupo criminoso do Ceará e que tinha aliança com o TCP.

De acordo com investigações da Polícia Civil, também durante o ano de 2022, três homens ditos como líderes do GDE, deixaram de fazer parte da facção cearense para fazerem parte do TCP. Isso ocasionou um conflito contra os ex-aliados, deixando 10 mortos em bairros de Fortaleza, como Jangurussu, Conjunto Palmeiras e Aerolândia.

A saída dos líderes foi considerada uma traição pelos integrantes da GDE. Isso fez com que um novo episódio de violência fosse registrado na Aerolândia em 2022, quando uma chacina deixou quatro mortos. As vítimas seriam pessoas ligadas aos antigos líderes da facção cearense que decidiram integrar o TCP.

Após tudo isso, a ação seguinte do TCP no Estado foi em janeiro de 2024, no qual algumas publicações nas redes sociais davam a entender que integrantes do GDE decidiram entrar no grupo criminoso do Rio de Janeiro.

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