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Fecomércio discute crédito e financiamento de veículos

A Câmara Setorial Automotiva da Fecomércio Ceará promoveu um encontro, nesta terça-feira (20/05), com o tema “Estratégias para enfrentar o cenário de juros elevados e restrição de crédito”. A ocasião reuniu empresários, especialistas e representantes de instituições financeiras.

Entre os destaques do evento estiveram Joel Freitas e Nacha Coutinho, gestores da M7 XP Investimentos. Ambos contribuíram com análises sobre o atual cenário macroeconômico e as implicações para o mercado automotivo.

Na abertura, Everton Fernandes, presidente das Câmaras e Conselhos da Fecomércio (Cace) e do Sindicato dos Revendedores de Veículos Automotores do Ceará (Sindivel-CE), relembrou momentos difíceis da economia. “Já vivemos crises como a da Rússia e da Ásia nos anos 90, quando só havia um banco operando e o prazo máximo de financiamento era de três meses. Hoje, mesmo com desafios, temos um mercado mais profissionalizado e competitivo”, comentou.

Fecomércio discute crédito e financiamento de veículos
Foto: Divulgação/Fecomércio

O diretor da M7 XP, Joel Freitas, apontou que o momento atual é especialmente desafiador por envolver diversas variáveis simultâneas. De um lado, o Banco Central tenta conter a inflação com a alta da Selic, que pode chegar a 15%; de outro, o governo pressiona por estímulos à economia. Segundo ele, as empresas estão buscando adotar uma política mais rigorosa e contida nesse contexto.

Mesmo com os juros elevados, o mercado de seminovos mostra sinais de resiliência. Segundo dados apresentados por Everton, em 2024 já foram vendidos quase 16 milhões de veículos, com R$ 490 bilhões em financiamentos. O segmento de usados, sozinho, movimentou R$ 900 bilhões.

Ana Paula Furtado, presidente da Câmara Automotiva da Fecomércio e diretora da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave-Ce), acrescentou que as projeções para 2025 são otimistas. A previsão da Fenabrave aponta um crescimento nacional de 5% nas vendas de veículos novos. “No Ceará, os números já superam essa média nacional, com crescimento de cerca de 6,75% no primeiro semestre”, disse.

Durante os debates, representantes da M7 XP detalharam os critérios utilizados na concessão de crédito para pessoas físicas e empresas.  “Temos uma inadimplência realmente muito controlada, uma vez que nosso crédito é muito baseado no relacionamento. Então, como nós temos um processo criterioso de análise, relacionamento muito próximo das empresas, isso faz com que realmente tenhamos um controle muito próximo da operação e do cliente”, explicou Joel.

Segundo Everton, cerca de 70% das vendas dependem de financiamentos, especialmente via Crédito Direto ao Consumidor (CDC), o que permite a continuidade das vendas apesar dos juros altos. “Na prática, temos percebido que as pessoas estão tomando empréstimos menores, mas continuam realizando seus sonhos por meio da compra de veículos financiados”, concluiu.

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