Nesta segunda-feira (04/11), a Câmara das Energias da Fecomércio Ceará promoveu um encontro voltado à análise de soluções e à revisão de normas técnicas de segurança relacionadas ao carregamento de veículos elétricos. A reunião, realizada na sede da instituição, recebeu diversos convidados, incluindo o engenheiro eletricista Sydney Ipiranga, diretor técnico da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).
Em sua palestra, Ipiranga abordou as diretrizes específicas para instalações de carregamento e ressaltou o investimento de R$ 130 bilhões do Brasil no desenvolvimento da indústria automotiva elétrica. O engenheiro também destacou a preparação gradual do país para a transição para veículos elétricos, com previsão de inauguração das fábricas da BMW e da GWM em 2025.
Além disso, Sydney mencionou outras fabricantes que pretendem estabelecer linhas de produção focadas em veículos elétricos até 2030. Entre os avanços esperados está o programa MOVER, uma iniciativa governamental que tem como objetivo modernizar a frota elétrica nacional e produzir localmente um terço das baterias até o final da década.
Para concretizar essa meta, a expansão da produção de lítio no Brasil, especialmente em uma mina ativa em Minas Gerais, é vista como estratégica. Essa iniciativa poderá elevar a participação brasileira no mercado mundial de lítio de 3% para 15%.
Ipiranga ainda destacou a importância de investimentos na infraestrutura de recarga doméstica, uma alternativa que complementa os mais de 10 mil pontos de carregamento público atualmente disponíveis no Brasil. Ele enfatizou a necessidade de se seguir normas rigorosas de segurança, especialmente em condomínios residenciais, onde as instalações precisam ser adequadas aos padrões exigidos pelos Corpos de Bombeiros de cada estado.
Para Antônio José Costa, presidente da Câmara das Energias, acompanhar a transformação do mercado é crucial para o setor comercial. “Precisamos continuar discutindo esses temas. Até o Poder Legislativo deve se envolver, pois, em algum momento, os combustíveis fósseis estarão esgotados, e é nossa responsabilidade preparar esse cenário para as futuras gerações”, comentou.
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