A Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) lançou, nesta quinta-feira (12/09), um manifesto que solicita a redução das taxas de juros no Brasil. A taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,5% ao ano, será debatida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nos dias 17 e 18 de setembro.
O documento da Fiec, liderada por Ricardo Cavalcante, presidente da entidade e da Associação Nordeste Forte, destaca que os elevados juros impactam diretamente o custo do crédito no país. “Temos uma das maiores taxas de juros reais do mundo, e isso produz um impacto negativo na competitividade das empresas, principalmente no setor industrial, que possui as cadeias produtivas mais longas”, disse.
Desde maio, a Selic se mantém em 10,5%, após o Banco Central interromper a última sequência de cortes. Mesmo sem alterações nos dois últimos encontros de junho e julho, o Brasil continua em segundo lugar no ranking global de maiores taxas de juros reais, com 6,79%, segundo dados da Moneyou. O primeiro lugar é ocupado pela Rússia, com 8,91%.
Além da reunião de setembro, estão previstas mais duas sessões do Copom em 2023 nos dias 6 de novembro e 10 de dezembro. A Fiec alerta que a política monetária vigente eleva o custo de crédito para empresas e pressiona as contas públicas, ampliando as despesas financeiras.
“Diante desse cenário, é necessária uma urgente e gradual queda da taxa Selic e, consequentemente, do custo do crédito, uma vez que não existem condições econômicas nem políticas para a manutenção do atual patamar de 10,5% e, muito menos, como se especula, para uma elevação deste patamar na próxima reunião do Copom, nem tampouco nos meses seguintes”, diz um trecho do documento.
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