Nesta quarta-feira (11), o Ministério da Defesa anunciou que mulheres que completarem 18 anos em 2025 poderão realizar o alistamento militar voluntário, a partir de 1º de janeiro a 30 de junho.
Serão ofertadas cerca de 1,5 mil vagas em 28 municípios de 13 estados, sendo 155 para Marinha, 1.010 para o Exército e 300 para a Aeronáutica. O alistamento poderá ser feito online ou presencialmente em uma Junta de Serviço Militar.
Para se alistar, as candidatas devem completar 18 anos em 2025 e residir em um dos municípios contemplados no Plano Geral de Convocação. Também é necessário apresentar documentos como certidão de nascimento ou prova de naturalização, comprovante de residência e documento oficial com foto.
Como funciona
O processo de recrutamento para o Serviço Militar Inicial Feminino será dividido em etapas, que incluem alistamento, seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. Durante a seleção, as candidatas passarão por entrevista, inspeção de saúde e testes físicos. Elas também poderão escolher a Força Armada de sua preferência: Exército, Marinha ou Aeronáutica.
A incorporação irá considerar tanto a aptidão da candidata quanto a disponibilidade de vagas. Uma vez integradas, as mulheres ocuparão a graduação de soldado (ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha) e terão os mesmos direitos e deveres atribuídos aos homens.
As primeiras incorporações ocorrerão em 2026, entre 2 e 6 de março ou entre 3 e 7 de agosto. O período inicial de serviço será de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por até oito anos, caso haja interesse mútuo entre a militar e o comando.
Durante o serviço, elas terão acesso a benefícios como remuneração, auxílio-alimentação, licença-maternidade e contagem de tempo para aposentadoria. O Ministério da Defesa planeja aumentar gradualmente a participação feminina no serviço militar, buscando atingir 20% das vagas no futuro.
Cidades com vagas
- Águas Lindas de Goiás (GO)
- Belém (PA)
- Belo Horizonte (MG)
- Brasília (DF)
- Campo Grande (MS)
- Canoas (RS)
- Cidade Ocidental (GO)
- Corumbá (MS)
- Curitiba (PR)
- Florianópolis (SC)
- Formosa (GO)
- Fortaleza (CE)
- Guaratinguetá (SP)
- Juiz de Fora (MG)
- Ladário (MS)
- Lagoa Santa (MG)
- Luziânia (GO)
- Manaus (AM)
- Novo Gama (GO)
- Pirassununga (SP)
- Planaltina (GO)
- Porto Alegre (RS)
- Recife (PE)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Salvador (BA)
- Santa Maria (RS)
- Santo Antônio do Descoberto (GO)
- São Paulo (SP)
- Valparaíso de Goiás (GO)
De acordo com as Forças Armadas, esses municípios já possuem mulheres integradas às suas unidades militares e, por isso, já têm estruturas como alojamentos para receber as candidatas.
Mulheres nas Forças Armadas
As Forças Armadas possuem 37 mil mulheres, correspondendo apenas 10% de todo o efetivo, atuando principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística.
Elas também têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáutica.
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