Dois projetos de lei em tramitação na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) propõem reconhecer oficialmente o forró como Patrimônio Histórico-Cultural e Imaterial do Estado e inserir essa expressão cultural no currículo das escolas públicas estaduais. As iniciativas, apresentadas pelo presidente da Alece, deputado Romeu Aldigueri (PSB), pretendem fortalecer a identidade cultural nordestina desde a base educacional.
A primeira proposta destaca o forró não apenas como gênero musical, mas como um conjunto cultural que inclui danças tradicionais, como xote, xaxado e arrasta-pé. Além disso, ainda há literatura de cordel, vestuário típico e festejos populares. Caso aprovada, a medida permitirá a formulação de políticas públicas para fomentar a cultura popular, beneficiando artistas, grupos e eventos que atuam na preservação do gênero.

Paralelamente, o segundo projeto busca implementar o estudo do forró nas escolas estaduais. O intuito é abordar o tema de forma interdisciplinar, articulando conteúdos de história, artes, geografia e cidadania.
De acordo com Romeu, o valor do forró vai muito além da música. “O forró é mais do que música — é memória, resistência, elo de pertencimento”, justificou. Vale destacar que os projetos estão em conformidade com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que prevê a inclusão e valorização da cultura regional nos currículos escolares.
Agora, o debate na Alece deverá envolver diversos setores da sociedade, como educadores e representantes culturais, fortalecendo o potencial do forró como ferramenta pedagógica e cultural.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.