Fortaleza enfrenta atualmente um grande volume de pacientes na fila para exames de imagem. Segundo a secretária municipal de Saúde, Riane Azevedo, mais de 35 mil pessoas aguardam por tomografia e cerca de 15 mil por ressonância magnética. Nesse sentido, a titular da pasta afirmou que a redução das filas para exames é uma das prioridades da gestão.
Com experiência à frente do Instituto Dr. José Frota (IJF), a secretária explicou que a fila para ressonância diminuiu de 17 mil no início do ano para cerca de 15 mil atualmente. Isso se deve ao aumento no número de procedimentos mensais, que passou de 350 para cerca de 830.
Já a fila para tomografia, estimada entre 35 mil e 40 mil pacientes, foi agravada pela paralisação de dois aparelhos durante oito meses no IJF. De acordo com Riane, os equipamentos estão em conserto e a previsão é de que, quando voltarem a funcionar, possam realizar até 2 mil exames mensais.

A gestora ressaltou que as filas não desaparecerão completamente, mas afirmou que pretende implementar um planejamento que permita estabelecer prazos claros para a realização dos exames. Além das filas de exames, a rede municipal enfrenta desafios para ampliar a oferta de cirurgias eletivas, devido à falta de técnicos de enfermagem.
“Temos material, equipamento, sala de cirurgia, cirurgião, falta mesmo rever a questão dos técnicos de enfermagem. É uma coisa já conversada, já batida, e o prefeito já disse que vai chamar o pessoal da Fagifor para fazer esse suporte e a equipe para realizar essas cirurgias”, explicou. No IJF, a média mensal de cirurgias subiu de 850 para quase 1.200. Agora, a meta é chegar a 1.500 procedimentos com o reforço.
Em março, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou o Instituto Dr. José Frota (IJF) como uma peça-chave para diminuir as filas do SUS, com investimento federal de R$ 180 milhões para 2025. A meta é que o hospital sirva de referência nacional no atendimento especializado.
Riane, por sua vez, afirmou que vai buscar recursos junto aos governos estadual e federal para expandir os serviços, sem priorizar a quitação das dívidas antigas da Prefeitura, que somam cerca de R$ 500 milhões. “Nenhum gestor vai querer ver você falar de dívida, para eles não interessa. Se ele der dinheiro só pra pagar conta, o que é que o paciente de hoje, que está precisando hoje, vai ter?”, disse.
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