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Fortaleza apresenta alto nível de partículas que pioram a qualidade do ar

No último sábado (24/08), Fortaleza alcançou o maior nível anual de aerossois, com uma média de 34,3 microgramas por metro cúbico (µg/m³), segundo dados da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova). Esse índice representa um aumento em relação ao recorde anterior de 6,6 µg/m³ registrado em 17 de julho, configurando o pior índice de qualidade do ar em 2024.

A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) atribui o crescimento das partículas conhecidas como Material Particulado 2.5 (MP2.5) às queimadas em andamento desde o início de agosto na Amazônia, no Sudeste do Brasil e no Continente Africano. O MP2.5, com partículas menores que 2,5 micrômetros, e o MP10, que possui partículas entre 2,5 e 10 micrômetros, são as duas principais categorias de material particulado.

Fortaleza apresenta alto nível de partículas que pioram a qualidade do ar
Foto: Thiago Gadelha

Essas partículas podem ser inaladas e têm potencial para causar problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e respiratórias, conforme a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um limite de concentração diária média de 15 µg/m³ para o MP2.5, o que é menos da metade do nível registrado em Fortaleza no último sábado. Para o MP10, o limite diário é de 45 µg/m³, três vezes superior ao nível do MP2.5.

A chegada desses aerossois ao Ceará ocorre por dois sistemas atmosféricos distintos: a Alta Subtropical do Atlântico Sul e a circulação atmosférica do continente sul-americano. A Alta Subtropical, que se origina perto do trópico de Capricórnio, transporta resíduos da África até o litoral cearense através dos ventos alísios. Além disso, a saída da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) do Hemisfério Sul para o Norte facilita a aproximação das massas de ar ao litoral cearense, influenciando também o período conhecido como temporada dos ventos no segundo semestre.

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