Em Fortaleza, o atendimento em creches e pré-escolas ainda está abaixo da média nacional, especialmente no que se refere a crianças de 0 a 3 anos e 0 a 5 anos. De acordo com dados do estudo Primeira Infância Primeiro, conduzido pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV), apenas 33,88% das crianças dessa faixa etária estão matriculadas em creches, enquanto a média nacional é de 37,76%. Já no atendimento às pré-escolas, que abrangem crianças de 0 a 5 anos, Fortaleza apresenta 86,27%, abaixo da média de 89,95% registrada no país.
Essas informações provêm de um levantamento realizado a partir de dados do IBGE e do INEP, refletindo a situação de 2023. A pesquisa da FMCSV leva em conta também a educação especial, a educação indígena e as classes exclusivas. Os números de 2022, embora um pouco inferiores, também mostravam que o atendimento em Fortaleza estava abaixo da média nacional: 33,58% em creches e 83,18% nas pré-escolas.
Outro dado apresentado pela pesquisa é o Índice de Necessidade de Creches (INC), que aponta que, em 2023, 38,98% das crianças de 0 a 3 anos em Fortaleza não têm acesso a vagas em creches. O grupo mais afetado por essa carência é composto por crianças cujas mães ou responsáveis são economicamente ativas ou poderiam ser, caso houvesse vagas suficientes, representando 23,98% desse total. Em seguida, estão as crianças em situação de pobreza, que somam 8,75% desse grupo.
Apesar dos números abaixo da meta estabelecida, o último Censo Escolar realizado pelo IBGE revela que o Brasil ainda está distante de alcançar o objetivo de matrícula de crianças em creches previsto no Plano Nacional de Educação (PNE). A meta, que visa matricular 50% das crianças de até 3 anos até 2024, ainda precisa alcançar cerca de 900 mil matrículas. Para atingir essa meta, o número de matrículas deve passar de 4,1 milhões para cerca de 5 milhões, levando em consideração a população dessa faixa etária conforme os dados mais recentes.
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