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Fortaleza lança Observatório de Riscos Climáticos durante a COP 30

Foto: Reprodução

O prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, apresentou nesta terça-feira (11/11) o Observatório de Riscos Climáticos, uma plataforma georreferenciada que permite o acompanhamento contínuo e a análise de dados voltados à prevenção e ao enfrentamento dos efeitos de eventos climáticos extremos. O acesso é público e pode ser feito pelo site.

O lançamento ocorreu durante a COP 30, no painel “Mutirão contra o Calor Extremo”, promovido pela presidência da conferência e pela Coalizão pelo Resfriamento (Cool Coalition), liderada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O evento destacou iniciativas de países, cidades e organizações que avançam em soluções sustentáveis de resfriamento e adaptação ao calor.

Segundo o prefeito, o crescimento urbano de Fortaleza nas últimas décadas tem ampliado o surgimento de ilhas de calor e aumentado a frequência de chuvas intensas.

“A cidade de Fortaleza é conhecida como a Terra do Sol por ter um clima tropical com predominância de temperaturas altas em quase todo o ano, atraindo turistas de todas as partes do mundo. Entretanto, nas últimas décadas, o crescimento urbano fez surgir várias ilhas de calor na cidade, afetando a rotina das pessoas, principalmente dos mais vulneráveis, que residem nas periferias. Temos observado ainda uma frequência maior de eventos extremos de chuva, causando inundações. Sendo assim, estamos lançando o Observatório de Riscos Climáticos, que monitora a sensação térmica e outros indicadores em áreas estratégicas. Os dados vão orientar ações para mitigar o calor na cidade, assim como melhorar o tempo de resposta da nossa Defesa Civil e outros órgãos”, contextualizou o prefeito Evandro Leitão.

Ainda de acordo com o gestor, o município tem adotado medidas preventivas para lidar com as altas temperaturas.

“Propomos, em outubro deste ano, o aumento de 38% das áreas verdes na revisão do Plano Diretor. Também incrementamos o trabalho de limpeza dos recursos hídricos para facilitar o escoamento da água da chuva”.

O Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan) foi o responsável pelo desenvolvimento do Observatório, integrando diferentes órgãos públicos municipais e suas respectivas áreas de conhecimento.

Foto: Reprodução

Para o presidente do Ipplan, Artur Bruno, conhecer os riscos climáticos da cidade é essencial para transformar o planejamento em ações concretas.

“Para que Fortaleza avance na transformação da resposta à crise climática em ações concretas e efetivas, é imprescindível conhecer a fundo seus riscos climáticos e a vulnerabilidade da população diante deles. Somente assim é possível formular políticas públicas robustas, capazes de reduzir danos, orientar investimentos e fortalecer a resiliência urbana. Medidas preventivas e fundamentadas em dados aumentam a eficácia das respostas, além de otimizar recursos humanos e financeiros” declara.

O Observatório faz parte da Política Municipal de Mudança do Clima (Art. 8º), lançada em setembro, e foca em riscos cada vez mais frequentes, como alagamentos, ondas de calor, elevação do nível do mar e períodos prolongados de seca.

Nesta primeira fase, a plataforma reúne três categorias de dados coletados em parceria com a Defesa Civil, a Secretaria da Conservação e Serviços Públicos e a iniciativa Parceria para Cidades Saudáveis, uma rede global composta por 70 cidades que desenvolvem ações de prevenção a doenças não transmissíveis e lesões, com apoio da Bloomberg Philanthropies, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Vital Strategies.

O site também disponibiliza o estudo “Entre o Clima e a Cidade: análise das ocorrências em áreas de riscos climáticos na cidade de Fortaleza”, elaborado por técnicos do Ipplan.

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