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Fortaleza possui dois Centros Pop para atender nove mil pessoas

De acordo com dados do Cadastro Único (CadÚnico), pelo menos 7.666 famílias, representando 9.410 pessoas, vivem em situação de rua em Fortaleza. Nesse sentido, com o intuito de prestar assistência a essas pessoas, a cidade dispõe dos Centros de Referência para População em Situação de Rua (Centros Pop).

Com apenas duas unidades, localizadas no Benfica e no Centro, os Centros Pop de Fortaleza enfrentam um déficit estrutural. Segundo a supervisora da Defensoria Pública do Estado, Mariana Lobo, bairros como Papicu e Messejana, que registram aumento da população de rua, sequer possuem equipes de abordagem social.

Fortaleza possui dois Centros Pop para atender nove mil pessoas
Foto: Theyse Viana

A Secretaria de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) afirma que realiza cerca de 2.600 atendimentos diários nos 19 equipamentos de assistência da cidade, oferecendo serviços como alimentação, alojamento e apoio jurídico. No entanto, a Pasta admite que enfrenta limitações financeiras devido à redução de repasses federais, que caíram R$ 13 milhões entre 2019 e 2021. Atualmente, a maior parte dos custos é bancada pelo município, que arca com 80% das despesas.

A nível federal, o Plano Ruas Visíveis, lançado em 2023, busca fortalecer a assistência à população de rua com um investimento inicial de R$ 982 milhões. Os eixos trabalhados são assistência social e segurança alimentar; saúde; violência institucional; cidadania, educação e cultura; habitação; trabalho e renda; e produção e gestão de dados. Contudo, o Ceará ainda não aderiu formalmente ao programa e nenhuma gestão municipal do estado mostrou interesse até o momento, segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

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