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Fortaleza: Racionamento é cogitado se chuvas forem abaixo da média

racionamentoSe esta quadra chuvosa terminar com índices de precipitação baixos no Ceará, a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) poderá sofrer mudanças no abastecimento de água, inclusive com racionamento no segundo semestre. Neste ano, fevereiro, o primeiro mês da quadra, teve o pior índice de chuvas da década. As informações são da Secretaria dos Recursos Hídricos do Ceará (SRH). A quadra chuvosa termina em maio.

A SRH avalia que o volume dos reservatórios que abastecem a RMF e iniciativas como a adoção da tarifa de contingência pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) serão suficientes para evitar a redução na oferta de água para o sistema que inclui os açudes Pacoti, Riachão e Gavião. A intenção é evitar racionamentos na Capital ou em municípios vizinhos. O volume total dos reservatórios monitorados do Ceará é de 12,5% da capacidade.

Chuvas

Enquanto o Estado depende da recarga dos açudes, o primeiro mês da quadra chuvosa trouxe um cenário alarmante. O registro de fevereiro foi de apenas 58 milímetros, com chuvas irregulares e mais escassas. Se comparado com a média histórica, fevereiro ficou com 51,1% de chuvas abaixo do registrado. O pior índice desde 2010, quando o segundo mês do ano teve 79,4% de desvio negativo. Os dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

No período, as precipitações foram mais concentradas em regiões como o Litoral Norte, na porção mais próxima à divisa com o Piauí, o Maciço do Baturité e o Litoral do Pecém. A macrorregião mais prejudicada pelas poucas chuvas de fevereiro foi a do Cariri. “A gente costuma dizer que as chuvas começam por lá. É onde costuma ter os melhores volumes desde a pré-estação (dezembro e janeiro)”, comenta Raul Fritz, meteorologista da Funceme.

A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema atuante na quadra chuvosa do Ceará. Ela deve voltar a formar nuvens de chuva este mês. O que acontece mesmo em anos secos, ressalta Fritz. Março é o mês de maior média de chuvas para o Ceará. No entanto, a Funceme reafirma o prognóstico com 70% de chances para que o ano se confirme como o quinto consecutivo de seca, com índices abaixo da média até maio.

O.P.Online

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