Segundo o Relatório Anual de Segurança Viária, durante o ano de 2023, Fortaleza registrou 1.110 atropelamentos, sendo uma média de 3 casos por dia, e 60 mortes nas colisões de veículos contra quem caminhava.
Além disso o relatório detalha que 44,2% das mortes em atropelamentos foram ocasionadas por veículos quatro rodas e 34,6% por motocicletas. Já em relação a qualquer tipo de acidente de transito, 46,8% dos 10.637 casos ocorreram com motos.
O centro da Capital foi o local onde mais aconteceu atropelamentos em 2023, no qual 69 casos foram registrados. O restante do ranking é composto por Messejana, com 51 casos, Bom Jardim, com 29 registros, Jangurussu, com 27 ocorrências, Parangaba, com 27 atropelamentos e Aldeota, com 26 incidentes. Locais como Sabiaguaba, Parreão e Aracapé, não tiveram nenhum atropelamento registrado.
Além disso, a pesquisa revela que os meses de dezembro e junho foram os períodos que mais pessoas foram atropeladas em Fortaleza. Em relação aos dias da semana, segunda-feira, sexta-feira e sábado, são aqueles que mais tem casos registrados na capital cearense no ano passado. Enquanto os horários mais comuns são das 17h às 20h e de 6h às 10h.
A maioria das vítimas são homens, sejam feridos, com 67,9%, ou mortos , com 57,3%. Enquanto as mulheres são 20,2% das mortes em Fortaleza, fora 29,7% das vítimas feridas nesse tipo de acidente.
Já em relação à faixa etária dos atropelamentos, a maioria são de pessoas com 60 anos, representando 47,2%, seguido por vítimas de 30 a 59 anos, com uma representação de 45,3%.
De acordo com o ortopedista Eduardo Vasconcelos, no geral, as pessoas vítimas de atropelamento ferem principalmente os membros inferiores. “Mas os superiores também são acometidos com certa frequência e isso depende muito do tipo de veículo, se uma moto, um carro ou um caminhão”, explica.
Para que esses índices melhores, o recomendado é investir na melhoria de infraestrutura associada a medidas moderadoras da velocidade. Coordenador de Segurança Viária da AMC, Saulo Oliveira, afirma que “Nesse sentido, a cidade tem adotado uma série de medidas para gestão de velocidade e melhoria das condições de circulação e travessias seguras de pedestres”
Oliveira exemplifica que uma dessas medidas pode ser a implantação sistemática de lombadas e travessias elevadas em projetos viários. Além disso, o criação de cruzamento em platôs, de áreas de trânsito calmo, sendo zonas 30km/h, no entorno de áreas escolares e hospitalares, espalhadas em várias áreas da cidade.