A iniciativa foi coordenada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan), em colaboração com a Defesa Civil, órgão encarregado pela instalação e funcionamento dos equipamentos.
A Prefeitura de Fortaleza divulgou a implantação de 10 estações meteorológicas em diversas áreas da capital, com a finalidade de acompanhar as temperaturas e identificar “ilhas de calor”, visando reduzir a sensação térmica nas regiões mais afetadas.
De acordo com a administração municipal, os dispositivos são do tipo “all in one” e serão posicionados em locais estratégicos da cidade. As informações coletadas devem auxiliar na formulação de políticas públicas voltadas à redução do calor, além de colaborar na prevenção de riscos e desastres provocados por fenômenos extremos.
A instalação dos aparelhos segue até esta sexta-feira (12), nos seguintes bairros: Mucuripe, Centro, Vila Velha, Granjas Lisboa, Conjunto Ceará, Jangurussu, Messejana, Guararapes, Benfica e Montese.
“Os sensores serão responsáveis por monitorar temperatura; pluviometria; umidade; direção, velocidade e rajada do vento; além da pressão atmosférica, índice UV e luminosidade. Essas informações permitirão uma compreensão mais detalhada da dinâmica das condições climáticas e dos microclimas urbanos”, afirma o tenente-coronel Haroldo Gondim, da Defesa Civil.
A ação é fruto de parceria com a coalizão internacional Cidades Saudáveis (PHC), com o suporte da Bloomberg Philanthropies, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Vital Strategies. O projeto foi articulado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan) em conjunto com a Defesa Civil, que é responsável pela coleta dos dados primários e por atualizações em intervalos de 10 minutos.
Também participam da iniciativa outros órgãos da Prefeitura de Fortaleza, como as secretarias da Saúde, da Infraestrutura, do Urbanismo e Meio Ambiente, além da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação (Citinova). A Universidade Federal do Ceará (UFC) também é uma instituição parceira.
Segundo a Prefeitura, as estações meteorológicas estão alinhadas com a proposta de atualização do Plano Diretor Participativo e Sustentável de Fortaleza, que propõe ações estratégicas sobre o enfrentamento ao calor e o planejamento urbano.
“A revisão do Plano Diretor menciona relatórios periódicos sobre os impactos das mudanças climáticas, com o objetivo de monitorar as transformações socioterritoriais relacionadas à elevação do nível médio do mar, erosão costeira, ilhas e ondas de calor, e áreas propensas a inundações”, afirma o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza, Artur Bruno.
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